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Ex-líder, Eduardo descarta rearrumar oposição em busca de novo projeto

Foco do ex-senador está no projeto de tentar suceder o prefeito de Itabaiana

Por Joedson Telles

Um Eduardo Amorim focado no exercício da medicina e um político que sonha suceder o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PR), mas pouco envolvido na eleição de Aracaju. Um ex-líder da oposição de Sergipe que não demonstra a preocupação de reaproximar o agrupamento em busca de um novo projeto para Sergipe. Eis a impressão que o internauta mais atento ficará, em se tratando do ex-senador Eduardo Amorim (PSDB), ao julgá-lo pelas respostas curtas (algumas não completam meia linha) que dá ao Universo, nesta entrevista, espelhando mais educação do que interesse em dialogar com o eleitor sobre certos pontos da política. Um Eduardo Amorim bem diferente do encontrado nos arquivos desta mesma página em outras entrevistas.

O senhor voltou a exercer a medicina, após concluir o mandato de senador, em dezembro de 2018. Como foi o ano de 2019? Esteve dentro da sua expectativa?

2019 foi para mim um ano diferenciado. Um ano de reflexão, mas de muita atitude também. Um dos anos mais importantes de toda minha vida. Pude pensar, repensar, mas também pude agir. Por onde passei, consegui fazer as mudanças que o ambiente necessitava, no Centro Cirúrgico, na forma de trabalhar com os colegas. Uma coisa é certa, nunca fiquei quieto. Diminuí minha vida midiática, por isso que alguns acham que eu me recolhi, que eu estava em silêncio. Não! Eu não estava em silêncio e nem parado. Retornei para a minha outra missão, que é a medicina. A política também era uma missão. Foi um ano de muito aprendizado, o que eu mais aprendi em toda minha vida.

Até que ponto a experiência dos mandatos de deputado federal e senador é importante no seu trabalho de médico?

A gente passa a ter uma visão diferenciada e uma conduta diferenciada com esse conhecimento. O modo de agir, de ver, o sentimento com as pessoas. Eu diria que é um privilégio grande ter uma experiência tão vasta não só na medicina, mas também em diversas outras áreas. A comparação que eu faço é que você passa a ter um olhar além dos corredores e do Centro Cirúrgico dos hospitais. É muito bom. Nos ajuda, inclusive, na busca de melhorias no ambiente de trabalho. No Hospital de Cirurgia, onde participo de cirurgias cardíacas, chamei a interventora e me coloquei à disposição para, junto com ela e demais membros da direção, buscar recursos para modernizar a unidade. Fiz isso sem qualquer interesse político. Estivemos em Brasília e visitamos os gabinetes de cada parlamentar sergipano solicitando recursos. Isso vai ser bom para os profissionais, que poderão exercer de maneira mais eficaz o seu trabalho, e mais ainda para os pacientes, que receberão um tratamento mais qualificado.

Mescla o político com o médico no seu dia a dia ou separa as coisas?

Para mim as duas são missões. A diferença é a gente executa a missão com o instrumento que tem na mão. Quando eu tinha um mandato o instrumento era coletivo, então eu podia ajudar muitos de uma vez só, calçando uma rua, ajudando um hospital, na cultura, na educação, entre tantos outros benefícios. Fiz muito isso. Agora, na medicina, o instrumento é um de cada vez. Cuido da dor de um por um nos diversos centros cirúrgicos onde passo semanalmente. Mas seja na medicina ou na política mantenho o objetivo de fazer o bem ao próximo.

O senhor é pré-candidato a prefeito de Itabaiana?

Coloquei o meu nome à disposição do grupo do prefeito Valmir de Francisquinho. Estou pronto, preparado para esse novo desafio.

Como o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, recebeu a notícia que o senhor está à disposição do grupo para disputar o pleito? Ele já lhe deu a palavra que apoiará seu nome?

Disse a Valmir que decidiria esse ano, como estou fazendo. Sou um sujeito Eclesiástico, procuro fazer tudo no momento certo. De uma coisa você pode ter certeza: eu e Valmir somos amigos, aliados e seguiremos juntos. Valmir sempre contou comigo e poderá contar sempre.

O que os itabaianenses podem esperar deste projeto?

Eu e Valmir formamos uma dupla. A nossa parceria vem rendendo muitos frutos para Itabaiana. Em Brasília, percorri várias vezes com Valmir os ministérios buscando recursos para as mais diversas áreas, sempre focados em atender às necessidades de Itabaiana. Muito do que foi feito no município, especialmente na atual gestão, teve a nossa mão. Queremos dar continuidade a essa parceria. Esse não é um projeto individual de Valmir nem de Eduardo. É um projeto coletivo que busca sempre o melhor para os itabaianenses.

Em sendo candidato, pensa em tentar reaproximar a deputada Maria Mendonça do prefeito Valmir, para fortalecer o projeto?

Não. Hoje não vejo possibilidade de unir novamente os dois grupos. A vida é feita de escolhas. Eu fiz a minha escolha por Valmir.

Valmir é um prefeito bem avaliado. Mas enfrenta problemas na Justiça. Chegou até a ser preso. Isso, certamente, será explorado numa suposta disputa contra o candidato do grupo do deputado Luciano Bispo. Como avalia isso?

Esse é um assunto que diz respeito apenas a ele e a sua assessoria jurídica, mas com certeza ele vai provar sua inocência. Valmir vem conduzindo muito bem o Município, elevando Itabaiana a outro patamar de desenvolvimento.

A oposição em Sergipe, que já foi liderada pelo senhor, foi fragmentada, na última eleição. O senhor vê possibilidade de reaproximação? Seria possível sentar à mesa com André Moura e os Valadares em nome de um novo projeto?

Juntar André e Valadares não é mais uma questão minha.

Como é hoje o seu relacionamento com este grupo?

Tenho conversado muito pouco com eles.

Valadares Filho anunciou que é pré-candidato a prefeito de Aracaju. Há possibilidade de ter seu apoio?

Não pensei nisso ainda.

André Moura não vê problema em conversar com Edvaldo é apoiar sua reeleição. Eduardo Amorim apoiaria Edvaldo Nogueira também ou descarta de pronto?

Entendo que o momento é de diálogo, mas ainda não há tratativas sobre esse assunto.

Como avalia o bloco do senador Alessandro Vieira? Ocupou o espaço deixado pelo seu grupo na oposição? É a nova política?

Parte desse bloco já esteve comigo, como os deputados Georgeo Passos, Rodrigo Valadares e Samuel Carvalho. Sei que fizemos uma oposição responsável, construtiva e propositiva, sempre pautada nas necessidades dos sergipanos. Fizemos a boa política, alicerçada nos princípios da honestidade, do zelo com a coisa pública e pensando no coletivo, em fazer o bem. Princípios que não são novos, mas que obrigatoriamente devem ser seguidos por todos que são escolhidos pelo povo.

O senhor cogita voltar a disputar o Governo do Estado?

No momento não penso nisso, meu foco está totalmente em 2020.

Modificado em 12/01/2020 07:20

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