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“Estão prometendo que o Proinveste vai ser o céu, a terra e o mar, mas não é assim. O modelo que está aí não deu certo”

Edivan Amorim afirma que empréstimo não resolverá problemas de Sergipe

Por Joedson Telles

O presidente do PTB, o empresário Edivan Amorim, concedeu entrevista ao Blog do Joedson Telles e, entre outras declarações, ajuizou que aliados do governador Marcelo Déda (PT) que estão a criticar a oposição, alegando atraso de oito meses na aprovação do Proinveste, torcem pelo chamado quanto pior melhor. “Dor de cotovelo”. Aliás, sobre o empréstimo, Edivan assegura que não condiz com a realidade pintada. “Estão prometendo que o Proinveste vai ser o céu, a terra e o mar, mas não é assim. A questão é de gestão. Modelo. O modelo que está aí não deu certo. Pronto”, diz.

A oposição recebeu críticas de aliados do governo por conta do Proinveste. Fala-se que houve atraso de oito meses. Faz sentido?

Fizemos um entendimento e cumprimos. Não poderíamos dar um cheque em branco. Quando houve o entendimento, aprovamos. Todo parlamento do mundo é assim. No mais, é dor de cotovelo.

O próprio governador chegou a agradecer a oposição, mas alguns aliados optam pelas críticas…

Essa turma de descontente torce para quanto pior melhor. Nós não fazemos política desta forma.

Este entendimento oposição e governo pode ser estendido para outras questões?

Sempre que for bom para o povo de Sergipe, o canal estará aberto.

E essa polêmica da Codevasf?

Todos os recursos que chegarem a Sergipe, seja através de quem for, são bem vindos. Agora, a Codevasf está nas mãos do senador Valadares há mais de 10anos, não está? Mas nunca fizeram nada. Somente quando Eduardo se mexeu, eles começaram a correr atrás. É uma questão interna, mas posso falar que há 10 anos é o senador Valadares quem escolher as pessoas que comandam a Codevasf. E aí se os perímetros irrigados do Baixo do São Francisco chegaram ao caos foram sob a responsabilidade deles.

Essas aparições do senador Eduardo Amorim na TV, criticando o governo Déda, pode ser vista como a definição da candidatura dele ao governo em 2014?

Veja: não sei se o PSC, mas nosso bloco terá candidato ao governo.

O discurso é este que Eduardo Amorim tem feito na TV?

O discurso é avançar para Sergipe mudar.  Até uma frase interessante: avançar para Sergipe mudar.

Como o senhor avalia as declarações de alguns petistas no sentido de que o seu grupo teme uma candidatura de João Alves ao governo do Estado?

Quem tem que definir candidaturas são os partidos. Mas a pergunta que eu faço é a seguinte: quem tem medo de candidatura de João somos nós, que somos aliados de João? Ou é o PT que quer dividir o nosso bloco, para ver se tem condições de competir?

E as declarações de alguns petistas que não enxergam problema em dividir o palanque João…

O PT se aproximar de João como? O PT vai apoiar João? Se João for candidato, o PT vai apoiar? O PT apóia a candidatura de João. Se o PT apóia Jackson como pode estar com João?

E as conversas com o deputado Adelson Barreto? Estão fluindo?

Sobre?

A possibilidade dele se filiar a um dos partidos do grupo.

Nós trataremos de filiação na hora de filiação. Tem tempo de sobra.

Mas ele vem sendo muito assediado por vários partidos…

Adelson sabe quem faz política com seriedade e quem não faz. Na hora que ele resolver qual será o partido, terá nosso apoio.

A tática é deixá-lo à vontade?

Claro. Sempre. Só fica com a gente quem tem vontade de ficar. Não prometemos o que não podemos fazer. Tem gente que promete, mas, na hora de a onça beber água, inventa desculpa.

Hoje, a oposição ao governo do PT se resume ao seu grupo ou João ainda é oposição?

João Alves está preocupado em fazer uma grande administração em Aracaju. Evidente que para fazer isso precisa ter harmonia com o governo, independente de quem seja o governo. Tanto estadual como federal.  Ele não está em campanha disputando nada, neste momento. Está como prefeito, para fazer uma administração boa para Aracaju. Já no nosso grupo é diferente: o nosso grupo terá um candidato ao governo que disputará contra outros. Isso está definido. O nosso bloco é, sim, oposição ao governo.Oposição com coerência, diálogo.A prova maior está aí o Proinveste. Fica um monte de gente dizendo que teve oito meses de atraso. Mas não tem atraso. O Proinveste é um projeto aprovado por unanimidade e com responsabilidade. Como é que você ia aprovar um empréstimo que não dizia para onde ia nem como ia? Só faz isso um governo que tem maioria. O governo não tem maioria. Um governo que tem minoria tem que sentar com quem tem maioria. E assim foi feito. O governador num ato de humildade procurou e a oposição sentou e ficou tudo bem. Não está aprovado?

Então são críticas infundadas à oposição?

Eu pergunto a você: no Proinveste tem dinheiro para comprar remédio, medicamento? Não tem. Então, os problemas de falta de medicamentos continuarão do mesmo jeito. No Proinveste tem dinheiro para dar aumento aos professores? Não. Então, os professores continuarão com os mesmos problemas. No Proinveste tem dinheiro para a contratação de policiais militares? Para aumentar o efetivo da PM? Não. A segurança continuará um problema. Então, estão prometendo que o Proinveste vai ser o céu, a terra e o mar, mas não é assim. A questão é de gestão. Modelo. O modelo que está aí não deu certo. Pronto. Mas não quero fazer nenhuma crítica ao governador, porque enquanto estou vivendo um momento de tranquilidade, de paz, e ele está passando um problema de saúde. Prefiro que ele cuide da saúde. Não quero criar problema. Quando ele estiver bom, que eu sei que vai estar, discutiremos. Temos que respeitar.

O homem tem que ser maior que o político…

Não tenha dúvida. Não abro mão disso de jeito nenhum.

Uma vez Eduardo Campos seja candidato a presidente da República, e construa uma aliança com o PSC, não coloca o senador Valadares no mesmo palanque que o seu grupo estará?

Tudo no seu tempo. Não posso falar sobre hipóteses. Primeiro vamos deixar as coisas acontecerem, e depois teremos tempo suficiente para decidir o que é melhor para o grupo.

Modificado em 20/05/2013 11:50