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Eleições 2018? Não existe nada de concreto. Só açodamento

Urna: aqui o eleitor legitima ou não

Por Joedson Telles

Um ano pré-eleitoral sempre desperta curiosidade. Motiva analises das mais variadas. Umas sérias e outras nem tanto. Juízos que jamais se concretizam. Notícias contraditórias. E mais: uma gama de outras pérolas conhecidas e reprováveis por quem tem o mínimo de sensatez.

O processo nocivo ao coletivo sobrevive não apenas porque os próprios políticos semeiam ventos, mas também pela ação de gente sempre à disposição para ecoar. E lógico: há desinformação, despreparo e má fé na engenharia.

A memória nem sempre é generosa. Entretanto, privilegiados lembram perfeitamente quanta asneira circulou até a definição dos candidatos a prefeito de Aracaju e suas chapas, nas eleições 2016, pra ficarmos apenas em um pleito. É do jogo atuar por interesses pessoais, confiando na cultura de um país onde pensar soa artigo de luxo. Já registrei isso neste espaço.

O internauta já deve ter tropeçado em juízos para todos os gostos. Há, inclusive, quem até já elegeu governador e senadores para os mandatos que iniciarão em janeiro de 2019. E até a definição das chapas, após as convenções, no ano vindouro, tome mais asneiras. Quem se aventura no verbo não é obrigado a provar o que externa… Já pensou se fosse? Seriamos obrigados a refletir muito antes de sair por aí escrevendo ou falando qualquer coisa – muitas vezes deixando evidente o “tesão” de tentar antecipar os fatos, como se isso salvasse o mundo.

O fato é que, em se tratando de eleições 2018, sobretudo de candidaturas majoritárias, não existe nada de concreto neste momento. E nem poderia existir. A legislação eleitoral sequer permite. Além disso, a formação das chapas depende de muitos fatores como, por exemplo, a reforma política. Quer outro exemplo? O desfecho dos casos Temer, Lula e Aécio. A depender do destino destes três líderes políticos, tudo que está sendo dito neste momento – inclusive baseado em pesquisas – pode não passar de mais asneiras. O chute nunca esteve tanto em moda.

Política é o momento e eleição só se vence com voto. O dono do voto é o eleitor, que muda de opinião de acordo com fatos novos facilmente.  Quem desconhece exemplos de candidatos que venceram eleições no primeiro turno, mas perderam no segundo? Como definir neste momento? Curioso é que o juízo é básico e trivial. Discernido por todo mundo que se aventura a falar sobre o tema. Mas…

Creio que, ao invés de respirar prematuramente uma eleição que sequer tem ainda definição em si mesma, os atores da política até poderiam plantar sementes de futuras alianças ou dialogar para manter a harmonia de acordos já existentes. Todavia, os focos principais precisam ser obrigatoriamente os mandatos atuais a serviço do eleitor e projetos para solucionar problemas da população, caso as urnas permitam novas oportunidades.

O que se observa, no entanto, é que certos políticos preferem pensar 24 horas em um novo mandato, em um voo mais alto. Mesmo gente que está a exercer um mandato parece que a atenção, já a partir do primeiro dia depois de eleito, é dada quase que 100% à manutenção da cultura nociva.

E note-se: a desfaçatez extrapolou tanto o limite da paciência que as vísceras são expostas tranquilamente com a conivência, inclusive, de setores da mídia. Não existe mais disfarce. Pra quê? A preocupação de o eleitor perceber como é usado nesta mesa de apostas para alimentar conhecidos vícios sustentados pelo seu voto é zero.

Modificado em 12/07/2017 06:52

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