Entendimento é de Silvio Santos. “A esquerda sergipana tem respaldo popular”
Nesta segunda-feira, dia 2, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B), empossou seu secretariado prometendo cobrar um governo transparente, realizador e que dialoga com a sociedade. Entre os secretários, o ex-vice-prefeito de Aracaju na gestão passada do próprio Edvaldo, o petista Silvio Santos, assumiu a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). Nesta entrevista, Silvio Santos fala da sua nova missão na Prefeitura de Aracaju e externa que o Partido dos Trabalhadores em Sergipe precisa disputar as eleições 2018 numa chapa majoritária. “Precisa fazer isso. O PT deu demonstração em Aracaju. A eleição de Edvaldo é muito simbólica nisso. A compreensão na sociedade é que nem tudo é desgaste. A eleição de Edvaldo mostra que a esquerda sergipana tem respaldo popular e esse respaldo advém de uma prática nos governos que foi exitosa. As pessoas compararam a gestão que sucedeu Edvaldo e a anterior de Edvaldo. Acho que essa foi uma das questões que levaram à vitória”, disse. A entrevista:
Mais uma vez, estão juntos Silvio Santos e Edvaldo Nogueira no governo municipal. A dupla promete?
A gente já tem uma atividade política e de gestão por tudo que trabalhamos juntos na gestão anterior e por toda uma caminhada na política. Isso, certamente, ajuda bastante e essa é uma das coisas que valeu para Edvaldo me convidar para essa tarefa. Como ele tem dito nas suas declarações públicas, nós vamos enfrentar uma situação adversa. Pelo menos os primeiros anos serão de reconstrução, e nós estamos empenhados nisso. Vamos buscar reconstruir, como é meu estilo, com muito diálogo, atuações coletivas, ouvindo todo mundo da área. A área que eu vou assumir tem muita gente na cidade produzindo cultura e todos serão ouvidos nesse processo de reconstrução.
A Cultura é uma das áreas que mais sentem épocas de crise, já que existem as demandas, mas não muitos recursos, já que áreas como saúde e educação são sempre prioridades. Isso aumenta o desafio, não?
Sem dúvida. Historicamente, principalmente nas crises, o orçamento da cultura é o primeiro que diminui. Nós temos que superar isso com muita criatividade e chamando a atenção da importância da cultura na construção de um mundo novo, de uma sociedade nova. O diálogo que a gente vai ter com todos que produzem cultura na cidade é fundamental para essa reconstrução e a superação dessas dificuldades. O trabalho coletivo, buscando a criatividade para superar essas dificuldades da falta de recursos.
Silvio Santos é uma indicação do PT?
Eu sou indicação do PT. O prefeito escolheu a área e o PT apresentou meu nome e do companheiro Cássio Murilo. O prefeito fez a escolha pelo meu nome, certamente levando em conta a história de nossa convivência.
O que esperar do PT em Sergipe, nas eleições de 2018?
O PT tem a tarefa de se reconstruir. Por mais que a gente avalie a ofensiva que houve sobre o PT, nesse último período, é preciso que o PT também faça um processo de autocrítica para que possa se reconstruir. O PT, queiram ou não, apesar de todo esse desgaste tem um legado nos governos onde passou e precisa partir desse legado e oferecer alternativa para a sociedade brasileira.
O PT terá uma candidatura majoritária, em 2018?
Precisa fazer isso. O PT deu demonstração em Aracaju. A eleição de Edvaldo é muito simbólica nisso. A compreensão na sociedade é que nem tudo é desgaste. A eleição de Edvaldo mostra que a esquerda sergipana tem respaldo popular e esse respaldo advém de uma prática nos governos que foi exitosa. As pessoas compararam a gestão que sucedeu Edvaldo e a anterior de Edvaldo. Acho que essa foi uma das questões que levaram à vitória. O PT e o PC do B têm a responsabilidade de governar bem, com os princípios da ética, da austeridade. Mas precisa também produzir coisas novas, principalmente que a juventude anseia para que a gente possa fazer as transformações de acordo com a expectativa que há na sociedade. Esse é o desafio que é colocado principalmente para o PT que tem a oportunidade de governar junto com Edvaldo e tem a tarefa de nesse processo de reconstrução continuar forte e firma, tanto na capital quanto no estado. Eu acho que o PT ainda tem muita força política para buscar espaço na chapa majoritária em 2018.
Modificado em 02/01/2017 21:03