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Edvaldo afirma que o grupo dividido corre risco de perder a eleição

Edvaldo: pregando unidade

Por Joedson Telles

Bem posicionado em todas as pesquisas para prefeito de Aracaju, nas eleições de 2016, o ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) nem por isso usa do açodamento. Sereno, opta pelo discurso do trabalho. Avalia que o momento é para ajudar o governador Jackson Barreto (PMDB) na árdua missão de cumprir as promessas de campanha num momento em que o Brasil enfrenta uma grande crise econômica. Edvaldo avalia que somente no ano que vem será possível iniciar as conversas sobre as eleições 2016, e sempre no sentido de manter o bloco unido. “A minha história política é a história que devemos manter o grupo. Trabalhar para que a gente reúna os partidos, converse, escuta, debata, gaste muito tempo para a gente poder construir uma candidatura que unifique todos os partidos deste bloco para continuar unificado. Se nos dividirmos corremos risco de perder a eleição. Eu defendo a unidade”, diz.

O que há de concreto, hoje, em relação às eleições 2016 para prefeito de Aracaju e Edvaldo Nogueira?

Tem pouca coisa de concreto porque eu acho que ainda está muito cedo para discutir eleição. Eu sou adepto ao livro de Eclesiastes que há tempo para tudo. Há tempo para plantar, colher, amar, viver, tempo de colher o fruto. Eu acho que agora diante dessa crise que o país está passando é hora de ajudarmos o Brasil para que Sergipe e Aracaju saiam dessa dificuldade. Quando chegar ano que vem, pensaremos na campanha eleitoral. É claro que eu fico feliz e me sinto satisfeito quando eu vejo as pesquisas eleitorais que me colocam em primeiro lugar, algumas empatadas com o atual prefeito, outras um pouco na frente, mas eu sempre no primeiro lugar disputando com ele, mas isso não me coloca na condição de pré-candidato. Sem açodamento, acho que tem um longo percurso a ser feito, ainda temos o final desse ano e o começo do ano que vem. Acho que a campanha eleitoral começará a ser tratada depois do Carnaval do ano que vem. Começarão as questões e depois a gente vai ver os partidos, coligações. Acho que agora seria muito cedo e prejudicial para o Brasil começar a se engalfinhar para produzir uma campanha eleitoral que não tem sentido.

Como assim?

Acho que quando mais curta a campanha melhor. A gente vai evitar gastos e uma série de questões que têm dado muito problema para o país. Em segundo lugar porque acho que é muito cedo mesmo. Agora é hora dos partidos se organizarem, de pensarmos na reforma política, tributária, na reforma federativa. O Brasil precisa enfrentar os graves problemas que estamos vivendo no ponto de vista da economia, do desenvolvimento e do progresso. Agora é hora de ajudarmos Jackson para que ele cumprir os compromissos que ele assumiu na campanha quando fomos pra rua pedir o voto. Jackson teve a maior vitória proporcional em Aracaju dos últimos 20 anos. Ele ganhou com uma diferença grande em Aracaju, no estado e o compromisso de Jackson era de continuar o trabalho e fazer as mudanças necessárias para melhorar ainda mais. Agora é hora de trabalhar para cumprir os compromissos e no ano que vem começar a discutir para que a gente possa encontrar um candidato que seja de consenso para que a gente possa enfrentar a batalha eleitoral do ano que vem e obviamente voltar a Prefeitura de Aracaju. Nosso grupo tem candidato para disputar, mas ainda é muito cedo.

É possível manter este grupo unido?

A minha história política é a história que devemos manter o grupo. Trabalhar para que a gente reúna os partidos, converse, escuta, debata, gaste muito tempo para a gente poder construir uma candidatura que unifique todos os partidos deste bloco para continuar unificado. Se nos dividirmos corremos risco de perder a eleição. Eu defendo a unidade. Claro que ninguém sabe se isso irá prevalecer, mas eu espero que a tranquilidade, a humildade, a amizade e que os compromissos que uniram esse bloco para a eleição de Déda para governador, em 2006, na minha eleição em 2008, na minha reeleição, na eleição de Déda, em 2010, e na de Jackson, agora em 2014, essa frente política que vem desde 2004. Esses mesmos partidos que estiveram juntos nessa batalha possam estar juntos em 2016 e 2018 e no futuro, porque essa união será muito importante não só para a eleição, mas também para governabilidade para que a gente possa fazer as mudanças, tomar as medidas, fazer a nossa cidade voltar a crescer. Tudo isso precisa de muita gente. Não são três pessoas que conseguirão fazer essa unidade, mas um conjunto de pessoas que de mãos dadas e firmeza de propostas. Eu defendo que seja uma candidatura ampla composta por nossas bases, e é o que eu vou tentar até ano que vem. Obviamente que ano que vem vamos sentar e ver o que vai dar. A partir daí, cada um tomará a sua posição.

O presidente do PT de Aracaju, Emanuel Nascimento, observou que o PT apoiou os aliados e deve ser apoiado em 2016, tendo o candidato a prefeito. Existe essa “obrigação”?

Emmanuel foi líder do governo de Déda e do meu. Déda como prefeito e eu como vice, ele foi líder quando eu fui prefeito de Aracaju, foi presidente da Câmara nos meus mandatos com nosso apoio, trabalhou muito e é um vereador que eu tenho muito respeito, carinho e admiração. Mas é cedo para defender quem será candidato dos partidos. Acho que agora não é nem hora de colocar candidatura. É um direito de Emmanuel defender, é natural que os partidos queiram ocupar espaço, mas acho que todos nós na nossa convivência política apoiamos. O PC de B apoio Déda, Jackson, apoiamos o PSB. É momento de a gente conversar, e não de imposição. Qualquer imposição nesse primeiro momento já dificulta. É hora de conversar e como eu sei que o vereador Emmanuel Nascimento é um homem do diálogo, ele será decisivo. O PT é um partido que tem história em Aracaju.

Como o senhor deixou a Prefeitura de Aracaju?

Ninguém pegou a Prefeitura na história de Aracaju com melhores condições do que João Alves pegou. Eu deixei R$ 200 milhões em obras que inclusive estão todas paralisadas. Eu deixo o desafio para quem quiser ir à Caixa Econômica ver quanto tem de recurso deixado no meu governo. Nós deixamos recursos. Todas as obras que João Alves tem feito foi eu que deixei. As avenidas Canal 3 e 4, as escolas, as praças. Todas. Das obras que ele se comprometeu na campanha eleitoral ele não tem uma feita por ele e planejada com ele. Deixei a prefeitura com a previdência com mais de R$ 200 milhões. Se pegar a prestação de contas que eles fizeram em janeiro vai estar lá que eu deixei a prefeitura sem dívidas, pagando em dia. A cidade limpa, arrumada, era considerada a cidade da qualidade de vida. Infelizmente, hoje está entregue. As pessoas têm dito isso na rua, os turistas. Não sou eu que estou dizendo porque sou adversário. O sentimento da cidade é que houve uma queda brutal nos serviços – e dos compromissos assumidos pelo atual prefeito ele não cumpriu um. Disse que em seis meses ia resolver o problema da saúde, a saúde está pior do que estava, não se tem notícia de BRT. As avenidas que disse que ia fazer não tem nem projeto. Ele foi na contramão daquilo que vinha se fazendo em Aracaju.

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