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Eduardo Amorim sobre Jackson Barreto: “Além de frouxo, é fraco, irresponsável… Age como Nero”

“Onde o encontro? O chamei de frouxo e o chamo quantas vezes for preciso”

Eduardo: governo Jackson pactua com a criminalidade

Por Joedson Telles

Desafiado pelo governador Jackson Barreto (PMDB) a chamá-lo de frouxo cara a cara, o senador Eduardo Amorim (PSC) não se intimida e assegura que repete, sim, a frase na presença do governador a hora que ele quiser. “Onde é que eu encontro o governador? O chamei de frouxo e o chamo quantas vezes for preciso. Em Brasília, eu não o encontro, aqui em Aracaju onde posso encontrá-lo? Além de governador frouxo, é fraco, irresponsável e inconsequente. Se ele se colocasse no lugar dos que estão na fila de radioterapia, nem assim teria noção do tamanho desleixo para com o povo de Sergipe”, diz Eduardo Amorim nesta entrevista que concedeu ao Universo, na última sexta-feira, dia 11. Eduardo Amorim afirma também que as pedaladas que a ex-presidente Dilma (PT) cometeu, o governador Jackson Barreto comete em Sergipe. “Ele já pegou os depósitos judiciais de forma equivocada; já vai vender a folha para o Banese; já está obrigando o décimo terceiro a fatiar o salário. Porque ele não pega o dinheiro da repatriação e paga o décimo terceiro? Isso não é improbidade não? Isso não é crime de responsabilidade não?”, indaga. A entrevista:

Por conta da audiência que o senhor e os senadores Antônio Carlos Valadares e Pastor Virgínio tiveram com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, apelando para que Sergipe tenha ajuda federal no combate ao crime, o governador Jackson Barreto afirmou que quem fala pelo Estado é ele, deixando evidente sua insatisfação. Como o senhor avalia esta reação dele?

Jackson Barreto se comporta como um imperador. Ele quis dizer que o Estado é propriedade dele, e esquece que nós não vivemos num império e nem ele é Nero. O Estado de Sergipe não pertence a Jackson Barreto. Os senadores representam o Estado. Temos obrigação de ir até os ministérios, tratar com os ministros e pedir socorro contra a falência da Segurança Pública. O ministro esteve aqui e em nenhum momento ele pediu nada, então se ele não faz, nós fazemos. Na verdade, ele não sabe nem dizer o que é Plano Nacional de Segurança Pública. Para mim, ele é um governador desinformado, despreparado e desqualificado, onde a própria Secretaria de Segurança Pública afirmou que ia procurar saber a que se refere o Plano. Se o governador do nosso Estado conhecesse os ministérios e ações do Governo Federal, com certeza, Sergipe seria outro, não perderia tantos investimentos. Se o secretário do Planejamento, por exemplo, cuidasse da coisa pública, como cuida e conhece tão bem a coisa privada, com toda certeza Sergipe seria outro. Assim como o secretário da Fazenda e todo secretariado desse desgoverno. Aproveito para pedir: secretários: aproveitem e paguem os aposentados, o décimo terceiro. Paguem em dia, já que Sergipe vai receber o dinheiro da repatriação. Sejam humanos.

Recentemente, o governador o desafiou a chamá-lo de frouxo cara a cara. O senhor aceitou o desafio?

Onde é que eu encontro o governador? O chamei de frouxo e o chamo quantas vezes for preciso. Em Brasília, eu não o encontro, aqui em Aracaju onde posso encontrá-lo? Além de governador frouxo, é fraco, irresponsável e inconsequente. Se ele se colocasse no lugar dos que estão na fila de radioterapia, nem assim teria noção do tamanho desleixo para com o povo de Sergipe. Eu já o chamei para entrar no Hospital João Alves e sentir o cheiro das pessoas, o cheiro do sofrimento, do padecimento, da miserabilidade. Monte um gabinete em frente ao João Alves para auxiliar tantos os que lá sofrem. Não adianta colocar tendas em período eleitoral, na tentativa de atender aos que estavam do lado de fora, é necessário que faça isso todos os dias, já que a cada minuto perdemos vidas.

O senhor afirmou, na tribuna do Senado Federal, que o governo Jackson Barreto é assassino. O que sustenta este pressuposto?

É genocida, sim. Um governo que patrocina e pactua com a criminalidade e que também pactua com a saúde em coma. Um governo que assiste de braços cruzados ao nosso estado servir de matérias nacionais negativas, e que além da insegurança, onde hoje estamos no ranking do estado mais violento, ainda somos o Estado omisso pela não construção do Hospital de Câncer de Sergipe, quando já foram enviadas mais de R$ 200 milhões em emendas. Dona Maria José, uma das entrevistadas do programa ‘Profissão Repórter’ foi uma entre milhares de vítimas que faleceu com o câncer por falta de assistência. O que sustenta esse pressuposto são os números das mortes em cada esquina, seja nos assaltos à mão armada, dentro dos hospitais, e/ou por falta de assistência pública.

O deputado federal André Moura defende uma intervenção no Governo do Estado. O senhor também? 

As pedaladas que Dilma cometeu, Jackson Barreto comete aqui direto.  Ele já pegou os depósitos judiciais de forma equivocada; já vai vender a folha para o Banese; já está obrigando o décimo terceiro a fatiar o salário. Porque ele não pega o dinheiro da repatriação e paga o décimo terceiro? Isso não é improbidade não? Isso não é crime de responsabilidade não? Eu já venho dizendo há muito tempo que ele vai vender as três empresas que ainda temos – a Deso, Banese e Sergás. Tudo o que a gente disse, o tempo está se encarregando de concretizar, infelizmente era o que estava previsto. A verdade que nós pregamos está sendo explanada a cada dia, como exemplo, dizíamos que os primeiros a pagar essa grande conta do endividamento seria o servidor público e depois os aposentados – se concretizou; dizíamos também que Sergipe estava cada vez mais violento e que nós não tínhamos projeto para segurança pública, e hoje, Sergipe é o Estado mais violentos do Brasil. Dá pra acreditar? A vida em Sergipe está valendo menos que um celular usado, assim aconteceu recentemente com donos de restaurantes, delegado, e tantos outros.

Qual o balanço que o senhor faz das eleições de Aracaju?

Lutamos contra um desgoverno, contra uma máquina que foi usada ostensivamente, permanentemente. A diferença em Aracaju foi menor do que em Itabaiana, foi quase igual a Lagarto, isso significa que o povo não aceitou massivamente o candidato que venceu. Esse governo não tem nada a comemorar, isso não é vitória de Jackson, e sim do candidato e do ‘marketing do mal’. Ele foi um verdadeiro caroneiro, ele não pôde nem participar da campanha, e nem se mostrar por vergonha e medo, já que não tem crédito algum, nem moral para bater na porta de ninguém, muito menos de ir até a cozinha do povo porque as panelas estariam vazias, principalmente as panelas dos servidores. Mas eu fui, eu estive a todo instante na campanha de Valadares Filho, acompanhei em quase todas as caminhadas, propagandas eleitorais, carreatas, e fui muito, mas muito bem recebido pelo povo como de costume – com muito carinho e respeito, diferente do governador. Ele colocou o vice-governador para segurar a bandeira do candidato deles, mas esqueceu de mandar o seu secretariado ir até Brasília buscar emendas para o nosso Estado. Isso é muito abuso, é muito desleal.

Está à disposição do prefeito eleito Edvaldo Nogueira, como senador da República?

Nunca me importei com bandeiras partidárias. Tenho muitos exemplos que posso citar: a cidade de Tobias Barreto (Dilson de Agripino – PT) e Nossa Senhora da Glória (Chico dos Correios – PT) já receberam muitos recursos encaminhados por nós. Fui eu quem articulou recentemente para que Nossa Senhora do Socorro (Padre Inaldo – PCdoB) recebesse após o pleito, emenda de bancada permanente. Eu levei a ideia e a bancada acatou.

Como o senhor avalia a gestão João Alves Filho na Prefeitura de Aracaju? O que explica tantos problemas?

O povo de Aracaju e eu acreditávamos e apostamos num governo de João Alves totalmente diferente do que foi. Imaginávamos um João desbravador, construtor de avenidas, desafiador de gestão. Mas, infelizmente, isso não aconteceu, o tempo foi implacável e não houve a disposição esperada, e de fato falhou, falhou feio.

Quando o senhor assume o comando do PSDB em Sergipe?

Isso provavelmente acontecerá no início ou até meados do próximo ano.

A aliança com o senador Valadares será mantida para a eleição 2018?

Nós construímos e fizemos uma fusão de blocos políticos. Estamos jutos sim, na capital e grande parte dos municípios sergipanos.

O senhor teme disputar o Governo do Estado, em 2018, contra o candidato do governador Jackson Barreto?

Nenhum temor. Em 2014, nós disputamos com a máquina estadual e a máquina federal. Dilma teve quase 70% em Sergipe, especialmente no 2º turno. Então, enfrentamos mesmo, mas agora a máscara caiu e a verdade veio à tona, mostrando que a mentira apenas se sustenta quando a verdade não aparece, e hoje o povo de Sergipe e Brasil está pagando essa conta dos que mentiram e chegaram ao poder com a mentira, a calúnia e tanto descaso. Não tenho nenhum medo de enfrentar quem quer que seja. Em 2014, optei por falar a verdade, mesmo correndo o risco de não ser compreendido e de fato não fui, mas o tempo se encarrega e se encarregou. Estou preparado mais do que nunca, conhecedor das nossas realidades, mazelas e sofrimento. Digo a você: o estrago que esse imperador está causando em Sergipe, vamos passar no mínimo uns 30 anos para corrigir tudo isso. Não é profecia não, é conhecimento. Primeiro ele destruiu quase todo o patrimônio do Estado e não cuidou da previdência, portanto o estrago é para muitas décadas.

Então, é pré-candidato ao Governo do Estado?

Se for a vontade do povo, assim como eu estive, eu estarei sempre à disposição para fazer muito mais e melhor. Tenho procurado me preparar e me qualificar sempre para os desafios.

Modificado em 13/11/2016 15:36

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