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Disputa Fábio x Rogério não é futebol

Por Joedson Telles 

Os candidatos ao Governo do Estado, Fábio Mitidieri e Rogério Carvalho, terão, na noite desta quinta-feira, durante o debate promovido pela TV Atalaia, uma das melhores vitrines para persuadir eleitor. Pelo horário – às 18 horas poucas pessoas estão na cama – e pelo fato de ser numa televisão aberta, creio que os candidatos terão contato com a maior fatia do eleitorado.

A exemplo de um jogador que recebe a bola e fica frente a frente com o goleiro adversário, os candidatos, contudo, podem também chutar para fora.

Para minimizar este risco, acredito que tanto Fábio quanto Rogério precisam não esquecer que as mensagens devem ser dirigidas aos eleitores que ainda não decidiram o voto, que estão pensando em anular ou aos que escolheram o candidato, mas não têm segurança. Podem mudar. Estes precisam ser o foco, e não aquele eleitor declarado. Básico. Simples na teoria, mas no calor do debate…

Insultos, agressões verbais, mentiras, calúnias e outros tipos de tencionar podem levar os eleitores/torcedores à vibração. É o que a moda define como “falar para a bolha”. Não falta quem assista aos debates políticos por causa deste comportamento rasteiro – e até repercuta o que testemunhou nas redes sociais.

Todavia, o eleitor que opta por torcer por ele mesmo e por Sergipe (interesse coletivo), via de regra aquele que não decidiu ou o que pode mudar o voto, em sua maioria, acredito que está aberto a ideias e propostas que melhorem sua vida. Quer o melhor projeto.  Dispensa as brigas.

Evidentemente, a lucidez repousa bem mais neste segundo eleitor. Este parece ter ciência que política não é futebol. Não revela inteligência escolher um lado, uma cor, um partido e, finalmente, um candidato como se fosse um time.

Fechar os olhos para o preparo, a honestidade, a história do candidato e o seu projeto é abrir mão antecipadamente de um servidor público pronto a corresponder positivamente expectativas da coletividade.

Creio que esta responsabilidade de filtrar e escolher o melhor para Sergipe passa necessariamente por prestar a atenção nos detalhes de toda a campanha, mas, sobretudo, dos debates como o de hoje.

A solidão do púlpito, por mais assistência prévia – ou nos intervalos -, é o momento em que o candidato chega mais próximo de si mesmo. Qualquer vacilo, se estiver usando máscara, o eleitor pode acabar com ele. Basta prestar atenção e ter vergonha na cara quando estiver em frente à urna.

 

 

 

Modificado em 20/10/2022 11:00

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