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Considerações sobre André fez “brincadeira”; Emília levou a sério

Por Joedson Telles 

Ao confirmar que foi convidada pelo ex-deputado federal André Moura para ser pré-candidata à Prefeitura de Aracaju pelo União Brasil, a vereadora Emília Corrêa vai de encontro ao que ventila o próprio André: “fiz uma brincadeira”. São duas versões para a mesma história e uma confusão na cabeça do eleitor.

Creio que uma “brincadeira” ou não, Emília, pela entrevista concedida ao jornalista Eron Ribeiro, levou o convite a sério – e ninguém que a conhece, minimamente, imagina que ela entendeu ter sido “uma brincadeira”, mas não admite isso. Não é o perfil de Emília.

A vereadora – e um político que estava presente à reunião que André Moura fez com os vereadores na Presidência da Câmara de Aracaju confirmou ao Universo – não tem dúvida que André Moura não estava brincando. Falou sério.

É tanto que Emília disse a Eron que não decidiu nada ainda; que conversaria com o seu grupo. Fica difícil imaginar que a vereadora tenha entendido que foi “uma brincadeira” e, mesmo assim, conceda uma entrevista neste tom. Emília levou a sério. Não há dúvida.

Aliás, qualquer pessoa que também acredite que André falou sério se permite deduzir que ele não acredita muito no êxito da pré-candidatura de Yandra Moura. Isso, inclusive, justificaria tentar manter o convite em sigilo, e só torná-lo público, se Emília topasse construir a aliança. A pré-candidatura de Yandra não teria o risco de desgaste. Entende?

Penso ainda que outro ponto que merece atenção é o fato de André, se admitisse o convite, estaria dando um recado direto ao grupo governista: “posso romper a qualquer hora”.

Por razões óbvias, uma coisa é André Moura apoiar uma pré-candidatura de Yandra Moura e outra bem diferente é se unir a Emília Corrêa, para tentar derrotar o projeto político Edvaldo Nogueira/Fábio Mitidieri, em Aracaju. Yandra, além de ser filha de André, é aliada do bloco governista. Emília, por sua vez, é oposição declarada a Edvaldo.

Resta saber, caso a aliança seja feita, se, em 2026, André Moura voltaria ao bloco governista “sem nenhum problema” para disputar o Senado ou se seria candidato pela oposição com o apoio de Emília, podendo, inclusive, se tiver coragem, disputar o Governo do Estado.

P.S. O então líder do governo do ex-presidente Michel Temer no Congresso Nacional jamais pode ser subestimado. Jamais.  

 

Modificado em 04/12/2023 11:06

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