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Alessandro motiva: Yandra teria autonomia?

Por Joedson Telles 

Indago aos botões: se chegasse um dia à Prefeitura de Aracaju,  a deputada Yandra Moura teria autonomia ou o seu líder político e genitor, o ex-deputado federal André Moura, daria as cartas?

Pertinente, a indagação emerge a propósito da resposta do senador Alessandro Vieira, ao Universo,  à  pergunta: qual a sua expectativa, quanto à eleição de Aracaju, em 2024?  Percebam que o Universo sequer tocou no nome de André Moura… Relembremos as palavras de Alessandro e depois retomo a linha de raciocínio.

“… Não há possibilidade de eu injetar minha energia, meu esforço, num projeto que entregue o cofre de Aracaju para André Moura, por exemplo. Tenho uma excelente relação com a deputada Yandra Moura, ela tem meu respeito, mas a gente sabe a forma de atuação política que se dá aí, e ela não tem meu apoio…. Não interessa se pessoalmente para mim é bom ou se para o meu grupo político vai ser bom, interessa se é bom para o povo, e se já foi testado e mostrado que tem gente que, quando chega ao cofre público, só faz se aproveitar. Não pode ter meu apoio, não há a menor possibilidade.”

Reproduzidas as falas do senador, volto a abusar dos botões: há dúvida de que, no juízo de Alessandro, André – e não Yandra, por quem ele destaca ter respeito – comandaria os destinos dos recursos de Aracaju, caso a parlamentar disputasse a eleição e fosse eleita? Ou para usar as palavras de Alessandro: A André Moura seria entregue o cofre de Aracaju?

Evidente que Yandra não abriria mão de contar com a experiência e a inteligência do seu pai, no exercício do mandato. Aliás, salvo um problema pessoal, seria uma gigante dose de soberba não fazer uso de um assessor especial com a bagagem de André, sobretudo, por ser seu pai e existir, creio, total confiança.

Sem falar em gratidão. Caloura, Yandra foi eleita, em 2022, com a densidade eleitoral de André. Lógico que pesou também seu carisma junto ao eleitor. Nunca é tarefa fácil transferir votos. Mas, se não fosse filha de André e não tivesse seu apoio, ela, dificilmente, seria deputada hoje.

Yandra topou entrar na política conhecendo André mais que qualquer pessoa. Se pretende levar adiante sua pré-candidatura à Prefeitura da capital, ela precisa estar preparada para lidar com o que foi colocado pelo senador Alessandro – e com verbos até mais duros.

Precisa oferecer respostas convincentes ao eleitor. Eleição majoritária é diferente. Principalmente na capital, é muito mais difícil que a proporcional.

Alessandro, tenha certeza internauta, foi o primeiro, mas não será o único a bater nesta tecla. Os possíveis adversários de Yandra – se ela seguir pré-candidata -, certamente, tentarão desgastá-la por esta via; e eleições anteriores ensinam que a tática de destruir a imagem do adversário funciona muito bem.

 

Modificado em 27/12/2023 11:53

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