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Agora, é com você internauta

Urna: o eleitor legitima ou não

Por Joedson Telles

Começou o leilão de ideias, caro internauta. Aquela fase de infestação de pessoas pregando as melhores das intenções. É santo para todos os lados. Sorrisos e tapas nas costas que não acabam mais. Todos com um único objetivo: conquistar seu voto. São mais de 5 mil registros de candidaturas em Sergipe. E o discurso é o mesmo de sempre: cuidar da educação, saúde, segurança e emprego. Ainda que o cargo nem lhe permita resolver tais problemas.

Nas eleições deste ano, uns candidatos almejam comandar uma prefeitura por pelo menos quatros anos. Outros, por modéstia ou admitindo limitações, se contentam com um mandato de vereador. E todos se acham os melhores representantes da população para preencher os cargos propostos no pleito. Será?

É possível acreditar no preparo técnico, pelo menos da maioria dos candidatos, para exercer um futuro mandato e corresponder às expectativas positivas? Todos querem mesmo o bem do coletivo como pregam ou buscam apenas usar a política em benefício próprio?

Infelizmente, a história tem mostrado que o verbo enganar e seus sinônimos são inseparáveis de certos políticos. Durante a campanha, pregam honestidade, moralidade e competência. Falam em resolver os problemas da população.

Uma vez eleitos, contudo, na maior desfaçatez do mundo, alguns “esquecem” as promessas e se preocupam apenas com o espelho. Dar de ombros para o coletivo é prática comum. Não falta quem use e abuse de esquemas sujos com o dinheiro púbico, como mostra com maestria, por exemplo, a Lava Jato.

Aí o internauta indaga não sem razão: e qual a novidade? Quem não sabe que a política é um terreno minado? Respondo: de fato, os exemplos de malandragem são incontáveis. Procuram minar o otimismo de qualquer um.

Mas se não inventaram nada nestes anos todos para substituir a política na organização social, a inteligência manda jogar a toalha e votar no escuro ou analisar bem cada um dos candidatos para, no mínimo, evitar votar no pior? Fico com a segunda opção.

Quem pede seu voto? Você já deu uma chance em outra eleição? O que fez com o seu voto? Quem está ao lado de quem pede seu voto? O que fez quando teve chance? Quais as ideias defendidas? Têm amparo na realidade ou jamais serão cumpridas, caso este candidato obtenha êxito? O que motiva este candidato estar na política? Como tratou Aracaju, Sergipe quando teve como fazer algo? Qual a marca da história política enquanto homem público? As respostas a estas e outras indagações, se não resolvem, ao menos minimizam o problema.

A campanha começou, internauta. E o festival de mentira, cinismo, desfaçatez também. Faça suas análises. Não vote apenas porque “A” ou “B” lhe pediu. Voto tem consequências. É só olhar um governo qualquer. Se ele vai bem, se cuida da saúde, da educação, da segurança, dos servidores públicos… O voto foi certo. Se insatisfação é o verbete, o voto foi jogado na lata do lixo e o político merece ser descartado.

A campanha está apenas no primeiro dia. Há tempo suficiente para refletir bem antes de teclar o confirma na urna em outubro próximo e não se arrepender depois. Agora, é com você internauta.

Modificado em 16/08/2016 20:02

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