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“A sensação que o sergipano tem é que o governo está fechado e centralizado numa inércia administrativa”

Eduardo Amorim diz ainda que é “a mais ineficiente gestão dos últimos 50 anos”

Eduardo: O cenário é o mais grave

Por Joedson Telles 

O senador Eduardo Amorim (PSC) acredita que Sergipe vive o seu pior momento, quando o assunto é administração pública. Para ele, a mais ineficiente gestão dos últimos 50 anos é a do governador Jackson Barreto (PMDB). Ele salienta que há uma falta de confiança no governo é uma derrocada para o desenvolvimento, que não permite o sergipano vislumbrar um quadro de melhoria dentro da crise anunciada. “As motivações do atual governo são para os empréstimos. O cenário é o mais grave da atualidade. A sensação que o sergipano tem é que o governo está fechado e centralizado numa inércia administrativa sem precedentes. Sergipe, hoje, infelizmente, têm ‘serviços’ precários e sem resolutividade”, assegurou. A entrevista:

 

O senhor disse ao jornalista Gilmar Carvalho, na Mix FM, que há motivos para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas os governistas trabalham com a ideia de golpe. É golpe ou já passa da hora de Dilma sair?

Se vivêssemos em um regime parlamentarista, não teria dúvidas que no primeiro mês a presidente sairia. Motivos? Temos de sobra. Estive com alguns colegas senadores, do bloco parlamentar do qual faço parte, com o ministro da Fazenda Joaquim Levy e indagamos qual seria a profundidade da crise. Sabe quantas vezes ele respondeu? Nenhuma. Todos sabem que as “pedaladas fiscais” – prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e privados) – também contribuíram para esse cenário de crise política e econômica. Não associo o impeachment a golpe. Ele, a rigor, é a pena aplicada ao presidente da República, em caso de condenação por crime de responsabilidade. Volto a dizer: não é golpe, está na Constituição.

O governador Jackson Barreto é um dos que defendem a permanência da presidente. Como o senhor avalia isso, levando em consideração a forma que o Governo Federal trata Sergipe?

Foi o governo que ele desejou para Sergipe, o mesmo que não prioriza nossas causas. Somos o menor estado da Federação, poderíamos ter qualidade nos diversos serviços públicos. Poderíamos ser um piloto para os demais estados. Não há disposição para realizar, nem na esfera federal e muito menos na estadual. Aqui, a disposição deles é para tomar empréstimos sem prever as consequências.

A propósito, qual o balanço que o senhor faz deste primeiro ano do governo Jackson Barreto?

O cenário é o mais grave da atualidade. A sensação que o sergipano tem é que o Governo está fechado e centralizado numa inércia administrativa sem precedentes. Sergipe, hoje, infelizmente, tem “serviços” precários e sem resolutividade.

Foi um ano perdido. Um ano para ser esquecido, sobretudo, pelo servidor público, por quem teve um parente vítima de homicídio, por quem esperou tratamento de câncer na rede pública de saúde?

Sem dúvidas, fatiar e atrasar o salário do servidor é um grande absurdo. Veja o desrespeito com os aposentados. Pessoas que contribuíram durante toda a sua vida para o Estado, hoje recebem salário com mais de 10 dias de atraso. Infelizmente, as taxas de homicídio só crescem. O crime contra a vida se banalizou no nosso Estado. Precisamos valorizar todos os policiais, estruturar a PM e a Polícia Civil, vigiar e patrulhar as nossas fronteiras. Os bandidos precisam se sentir intimidados com a presença da polícia nas ruas. As pessoas que precisam de tratamento contra o câncer são desrespeitadas pelo governo. O governo que não constrói o Hospital de Câncer de Sergipe. Podemos acompanhar essa falta de compromisso analisando a situação da Fundação Hospitalar de Saúde, que tem uma dívida estimada em R$ 200 milhões.

Quando o governador vai ao rádio, mas, ao invés de tratar destas questões importantes, opta por agredir o senador Eduardo Amorim, de alguma forma, o senhor se sente atingido ou faz parte do jogo político?

Essa já é a conhecida e vergonhosa postura do governador, que não deveria ser a de um chefe de Estado. Qual o político que não foi agredido por ele? É a forma dele se expressar, porque não tem propostas. Tenta desviar o foco da crise que vivemos. Quem me acompanha diariamente pelas mídias sociais, ou até mesmo pela TV Senado, sabe que não carrego comigo o adjetivo de preguiçoso. Quem participa de 28 comissões, apresenta 66 Projetos de Lei do Senado, 12 Propostas de Emenda à Constituição e destina R$ 310 milhões para obras em todo Estado não pode ser preguiçoso. A história dele é edificada em agressões. Não irei responder com mais agressões. É hora de mudar esse estilo de política.

O senhor acredita que o governador irá mesmo se aposentar, ao final do mandato? Qual o legado a ser deixado?

Não tenho que me preocupar com as pretensões futuras do governador, tenho que continuar meu mandato, que me foi confiado pelo povo sergipano e continuar defendendo as causas do trabalhador brasileiro. Posso afirmar que líder é aquele que inova e forma outros líderes. Trabalho no parlamento por uma nação pujante, onde impere a honestidade e a decência.

Na sua opinião, Sergipe está vivendo um caos por falta de competência do atual gestor, há competência, mas não há vontade política ou o problema é a crise econômica que afeta todo o Brasil?

Esse é uma das piores gestões que Sergipe já teve. Talvez a mais ineficiente dos últimos 50 anos. Essa falta de confiança no Governo é uma derrocada para o desenvolvimento. Não conseguimos vislumbrar um quadro de melhoria dentro da crise anunciada. As motivações do atual Governo são para os empréstimos. Foram R$ 567 milhões do Proinveste para realizar obras no Estado. Cadê o novo IML? Cadê a estrada Pirambu-Pacatuba? Cadê a estrada Itabaiana-Itaporanga? Cadê o tão sonhado Hospital do Câncer? Quase nada foi feito, mas a conta já chegou e sabe quem paga a conta por esse desgoverno? Quem mais trabalha, quem mais produz o ano o inteiro. O que nos torna mais confiante é que o sergipano tem comparecido nas ruas, para protestar e reivindicar. O mesmo sergipano que acorda cedo e que sonha por dias melhores.

Modificado em 05/12/2015 08:03

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