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A sacanagem com o neto do Lula

Por Joedson Telles

O internauta já deve ter ouvido falar em João Gabriel da Silva. O neto de presidente Lula que ganhou notoriedade com tom de polêmica pelo fato de ocupar um cargo comissionado na Secretaria de Educação do governo Fábio Mitidieri. Permito-me meter a faca neste bolo: é uma sacanagem expor o rapaz negativamente pelo fato de ser parente do presidente; sem apresentar argumentos convincentes apontando falta de preparo para o cargo.

Se há como comprovar que João Gabriel – ou qualquer ocupante de um cargo comissionado – não tem preparo para o trabalho proposto que se acione, obrigatoriamente, o Ministério Público. Isso em qualquer esfera pública. Não apenas no Governo do Estado. Se há pessoas que percebem sem trabalhar, evidentemente, é preciso também se formalizar a denúncia.

Todavia, se João Gabriel não se enquadra em nenhuma das duas situações, não há motivos para se questionar sua nomeação. Ele – e ninguém nas mesmas condições – não deve – e não pode – ser violentamente barrado pelo fato de ter um laço familiar com o presidente da República. Insisto: é uma sacanagem.

O fato é que o lugar comum “pegar para Cristo” parece repousar sobre o caso. Há a controvérsia quase que histórica em torno dos chamados CCs, que, inegavelmente, às vezes, são ocupados por pessoas sem a mínima qualificação. Sem a mínima vontade de trabalhar. Infelizmente, os políticos dão margem para o erro, que precisa mesmo ter o repúdio da sociedade.

Entretanto, lembro em tempo que, do outro lado da moeda, há pessoas – e não são poucas – que ocupam ou já ocuparam cargos comissionados e não apenas são preparadas como também têm relevantes serviços prestados. Quem sabe o neto do Lula seja um exemplo?  Vamos dar tempo ao rapaz…

Se existe algo, verdadeiramente, negativo a pesar contra João Gabriel que seja apresentado ao órgão com competência para solucionar o suposto equívoco da nomeação. Fora deste contexto, não passa de preconceito contra o jovem. Em certas críticas, flagra-se também, nitidamente, o pecado da inveja. A frustração. Talvez, se o vencimento fosse um mísero salário mínimo, tais almas nanicas não estivessem tão angustiadas.

 

 

Modificado em 08/02/2023 13:30

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