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A polícia, quatro corpos e a reação de João Daniel

Por Joedson Telles 

O deputado federal petista João Daniel permanece no centro de uma polêmica – sobretudo nas redes sociais – pelo fato de colocar em xeque uma ação policial que resultou na morte de quatro jovens, em Aracaju.

O parlamentar não descarta a versão de que houve excessos e está agindo com o seu mandato para que uma rigorosa investigação seja feita.

O deputado externou na sua página na web que ficou horrorizado “com os relatos de que os agentes policiais entraram encapuzados e invadiram o local habitado por famílias muito humildes. Eles dizem que foram efetuadas rajadas de tiros direcionadas aos jovens e que não houve nem o direito de acionar o SAMU ou o IML além de que os corpos foram ‘jogados’ de qualquer maneira em um veículo da Choque. É extremamente revoltante”.

Se, de fato, a operação foi posta em prática da forma que o deputado narra, se não houve rebeldia à voz de prisão, se a polícia não foi recebida com violência, se os policiais não agiram em legitima defesa, compreende-se a preocupação e reação do deputado.

Não se pode esquecer que não existe no Brasil, ao menos de forma oficial, à luz de uma lei, a chamada pena de morte. Em nenhum canto do país, a polícia tem amparo legal para matar, se há condições de efetuar a prisão e deixar a Justiça fazer o seu papel.

Entretanto, há – e jamais pode ser desprezado – o outro lado da moeda. A polícia não pode abordar um suspeito – seja ele quem for – e ser alvo de tiros ou de quaisquer tipos de violência. Há operações, e não é novidade,  nas quais os suspeitos ou bandidos abrem fogo contra a polícia.

Historicamente, há registros de policiais mortos e/ou feridos durante o exercício do ofício. É fácil julgar e condenar um policial quando nunca se enfrentou um suspeito ou um bandido armado; às vezes drogado também. “Doidão”.

Uma polícia frouxa não serve ao coletivo. Tampouco uma que comete excessos. A menos que haja uma investigação rigorosa sobre a operação policial que motivou João Daniel bater à porta do Ministério da Justiça, entre outros órgãos, não saberemos ao certo o que aconteceu. Temos quatro corpos e duas narrativas. Até para, se for o caso, reforçar a versão da polícia, a apuração soa necessária.

 

 

Modificado em 14/07/2023 10:20

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