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A polêmica decisão de Belivaldo

Por Joedson Telles

Defino como leal e rara, em se tratando de política, a atitude do governador Belivaldo Chagas, ao avisar de pronto que não participará da esperada reunião do bloco governista para definições dos nomes que disputarão as eleições majoritárias, por conta da condenação pelo STF que pesa contra o aliado André Moura.

Tido como um dos políticos mais sinceros de Sergipe, acostumado a falar o que pensa, Belivaldo aponta uma nova data para a reunião: “vamos esperar que a poeira assente”. Aí, entretanto, é que a coisa pega. A “poeira” não apenas pode demorar a assentar como também pode, simplesmente, não assentar.

Questões judiciais, sobretudo quando envolvem a política, costumam ter datas para começar, mas não para acabar. Nada garante que o desfecho ou a poeira assentada dar-se-á em tempo hábil de modo a não prejudicar decisões, que quando se pensa no grupo como um todo já estão atrasadas. Sem falar que nada e nem ninguém garante que André Moura conseguirá reverter a exagerada condenação.

Certa ou errada, porém, a decisão do governador espelha, mais que força política de André, um certo privilégio seu dentro do bloco. É como se todos os pré-candidatos, que já estão se movimentando há tempos e querem logo definições, fossem obrigados a acertar seus relógios pelo de André, mesmo não tendo nada a ver com suas broncas na Justiça.

Esperto, o governador, certamente, também fez esta leitura e esbarrou na polêmica trivial: atrasar ainda mais o processo, mesmo contrariando parte do bloco, ou abandonar André Moura à própria sorte? Belivaldo escolheu a primeira opção e só o tempo dirá se teve ou não razão.

 

 

 

 

Modificado em 08/10/2021 09:25

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