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A pesquisa, Bolsonaro e a verdade que liberta

Por Joedson Telles 

48% x 21: sova do canso… A pesquisa Datafolha, que confirma o sentimento das redes sociais e dá ao pré-candidato à Presidência da República Lula uma vitória já no primeiro turno, mais que nos méritos do petista, tem no próprio presidente – e também pré-candidato –  Jair Bolsonaro sua maior explicação. É tão verdade que o juízo soa óbvio.

Ressalto, entretanto, que a rejeição ao presidente se evidencia muito além de um projeto político falido, reprovado e rechaçado pela maioria: o perfil do presidente, o seu comportamento pessoal diante de questões relevantes persuadiram da necessidade de se repensar a chance que lhe foi dada para comandar o destino do Brasil.

Episódios como “só se for comprar vacina na casa de tua mãe”, “e daí?” – diante das mortes por Covid – e imitar uma pessoa com falta de ar se somam a outros afins e à falta de preparo para comandar um pais com tantos problemas e mostram claramente que a rejeição foi construída pelo próprio Bolsonaro.

Ironicamente, uma frase bíblica que o presidente usou e abusou (possivelmente sem saber que a Palavra de Deus jamais volta vazia) lhe serve como uma luva: “E conhecereis a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32). Nisso, o presidente sempre esteve correto.

Demorou, mas o Brasil que ainda não conhecia Jair Bolsonaro, ao julgarmos pela pesquisa, tem plena ciência, hoje, de quem é e como atua a pessoa que pediu seu voto prometendo um Brasil melhor, mas não se mostrou, até o momento, preparado para a imprescindível missão.

Agrava e muito a situação política do presidente o fato de o Brasil adormecido, até então, ter despertado num momento em que o maior dos fantasmas depois da própria morte acerta em cheio milhares de famílias brasileiras: a fome.

No fundo do poço e sem muitas esperanças, estas famílias não buscam explicações técnicas que confirmem ou não se o presidente é o grande responsável por este e por outros problemas gravíssimos. Importa a essa gente carente que o presidente de plantão é Jair Bolsonaro, e é no seu governo que comer um pedaço de carne virou artigo de luxo. Aliás, nunca se comercializou osso.

Se a forma equivocada que o Governo Federal, principalmente o próprio Bolsonaro, lidou com a pandemia minou a confiança de milhares de brasileiros no presidente, a fome agravada por esta mesma pandemia parece jogar a pá de cal.

É evidente que qualquer pesquisa é um retrato do momento – e ainda estamos longe da eleição. Em política tudo pode acontecer e o presidente, certamente, já deve estar discutindo com aliados e assessores como reverter o quadro. Tem tempo? O próprio tempo responderá. Cabe ao presidente tentar. Aliás, o tal Auxílio Brasil, obviamente, não foi pensado apenas para socorrer necessitados. Mas isso será suficiente?

 

 

Modificado em 17/12/2021 11:48

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