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A invasão, a reintegração à luz da escritura e a covardia contra um velho doente

Por Joedson Telles

Glória a Deus! Não ajuízo na tela deste notebook parceiro de várias horas, neste momento, para preencher a coluna Palavra da Fé, internauta. O faço no espaço para tratar de política mesmo. Mas não encontro forma melhor de abrir este texto sobre a polêmica reintegração de posse na Cabrita, São Cristóvão, louvado ao Deus que sirvo e adoro acima de qualquer coisa. Aliás, quando fito este mundo caótico sempre dou glórias ao grande Eu Sou pela fé que me move. Já pensou se Jesus não fosse voltar para chamar o feito à ordem? Se a morte só existisse para uns?

O sentimento vem a propósito de atos covardes contra um velho beirando os 90 anos que, segundo comprovam documentos, é o proprietário do falado terreno que foi invadido e, posteriormente, a Justiça expulsou invasores sob a força da Polícia Militar, mas eles teimam em voltar amparados por padrinhos. Ou seja, os políticos não resolvem os problemas sociais e ainda querem atirar a conta  no colo de uma pessoa de bem.

Evidente que a falta de moradia é um problema preocupante não apenas em Sergipe, mas em outros cantos do mundo. Mais evidente ainda que qualquer pessoa de bem é tocada, sensibilizada, ao ver famílias sendo expulsas de casas que construíram, com sacrifício, na maioria dos casos, acredito.

Agora, reflita amigo internauta, já imaginou ter a própria casa invadida por estranhos? A porta arrombada e escritura desmoralizada? Deixar o trabalho cansado e, ao chegar ao estacionamento, perceber que tem uma pessoa nunca vista antes ao volante do seu carro se recusando sair?

Agora imagine bater à porta da polícia e não obter resposta? Sem diálogo com os invasores, buscar a Justiça e esperar anos e anos – tempo em que enfrenta dificuldades financeiras, adoece e precisa vender o terreno, mas não consegue – para que a Justiça comprove o óbvio: a terra, mesmo tendo escritura, e, logo, proprietário, foi invadida. Tomada à força.

Justiça feita com a reintegração? Que nada. O momento agora é político. Os eleitores, digo, as famílias são invasoras. Não têm documentação. Mas qual o problema? Vamos passar com o trator por cima do velho e, por tabela, da Justiça. Vamos alegar que o documento é falso, que o velho é um grileiro e a Justiça ou não teve habilidade para perceber isso ou pior: decidiu pela reintegração de forma equivocada, tendo consciência de tudo. Tenta-se desmoralizar velho e Justiça numa tacada só e está tudo bem.

Evidente que, covardemente, só externam de público os sentimentos nutridos contra o velho. Não há a coragem para dizer claramente o que falam nas entrelinhas (nos bastidores?) sobre a Justiça – mesmo esta tendo agido seriamente à luz de documentos…

A bola da vez é argumentar que o terreno pertence ao Estado. A Deso. Até o momento não apareceu prova. Mas aí eu pergunto: E se fosse realmente do Estado? É para invadir, é? A Lei agora é invasão, é? E os demais desabrigados? Privilégios, é? A que ponto chegamos…

O fato é que se há desabrigados, aliás como estavam antes da invasão, por outro lado, existe um velho sem saúde e estrutura emocional para ver um patrimônio que documentos garantem lhe pertencer ser tomado covardemente. Mas, como disse no início deste texto, Jesus voltará. Triste de quem subestimar isso. De quem pensa ser maior que Deus. Que até tem a ilusão que não morre.

P.S. Pagaria para ver paladinos da moralidade abrindo suas casas ou, no mínimo, vendendo propriedades para abrigar os invasores. Nos olhos alheios é sempre refresco.

joedson: