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A fragilidade das pesquisas e a necessidade de uma Lei

Por Joedson Telles

A ideia de a Polícia Federal abrir investigação, tendo como alvo institutos de pesquisas, que, propositalmente, poderiam estar apontando um falso sentimento do eleitor junto aos candidatos, soma-se ao Projeto de Lei que objetiva colocar na cadeia responsáveis por pesquisas comprovadamente fraudulentas, em momento oportuno.

São medidas acertadas, imprescindíveis e que, certamente, têm o apoio da maioria da população – inclusive dos institutos sérios.

No pleito sergipano, pra ficarmos apenas no exemplo genuíno, que está longe de ser a exceção do que soa regra, a eleição do deputado federal Laércio Oliveira para o Senado Federal reforça a urgente necessidade de se corrigir supostos equívocos.

Pesquisas divulgadas vastamente na mídia – e exploradas nas redes sociais – sempre colocaram o então candidato  pelo Progressistas em quarto lugar. Não rataram por apontar que ele seria o segundo dentro da margem de erro. Não. Laércio aparecia como o quarto. Laércio é senador eleito. E, certamente, teria mais votos se chegasse às urnas sem o batismo das pesquisas como quarto colocado.

Evidente que o resultado das urnas não pode ser uma espécie de veredito a condenar os institutos de pesquisa. Sem uma investigação séria e mediante provas irrefutáveis, tais institutos têm a seu favor a presunção da inocência. O argumento que, simplesmente, erraram socorre. O lugar comum “pesquisa é o retrato do momento” idem. Nem sempre a fraude explica a desarmonia urnas x pesquisas.

Todavia, em todo o Brasil, políticos e eleitores não podem continuar reféns da falta de preparo ou de honestidade de certos – não de todos – institutos de pesquisa. É preciso varrer do mercado quem não tem capacidade de colher números reais. Há a nítida necessidade de uma Lei que puna dura e pedagogicamente autores de fraudes comprovadas. A Polícia precisa estar atuante. Eleição é um momento ímpar e democrático na decisão do futuro da população. Tem que haver seriedade.

P.S. Indagação óbvia: se muitas pesquisas já foram colocadas em xeque em outras eleições, se a desconfiança com a imoralidade ou despreparo não é assunto novo, não emergiu no atual pleito, o que levou as autoridades responsáveis pelo freio de arrumação não agirem antes? A resposta, por certo, levanta uma segunda pergunta óbvia: desta vez, vamos ter resultados práticos ou apenas no campo da retórica? As próximas eleições responderão impreterivelmente.  

Modificado em 07/10/2022 18:45

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