body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Zezinho? Jackson Barreto tem tudo para ser o maior cabo eleitoral de João Alves

O Negão agradece ao seu estilo

Por Joedson Telles

O governador Jackson Barreto, que ajuizou dia desses que pensar em política com o Estado enfrentando uma a grave crise, que lhe cria problemas até para pagar a folha, seria falta de vergonha, ou mudou de ideia incoerentemente ou é vítima do fogo amigo que coloca palavras infelizes em sua boca.

Refiro-me à ventilação do seu suposto trabalho de bastidores para emplacar o secretário de Saúde, Zezinho Sobral, como seu pré-candidato a prefeito de Aracaju. Em sendo verdade, uma prova irrefutável que o projeto é de poder e não coletivo. Mais uma vez, a ideia seria simplesmente chegar lá.

Explico. Zezinho Sobral é um dos melhores quadros de um governo fraco e carente de talentos para lidar com a crise e oferecer respostas satisfatórias. Os fatos não mentem. A Saúde Pública, que está longe de ser uma maravilha, em Sergipe, não está pior por conta do gestor. É só puxarmos pela memória outras gestões da mesma pasta, em governos melhores no conjunto, diga-se, para atestarmos facilmente a importância de Zezinho para o atual governo. Sequer o conheço pessoalmente. Mas, assim como não jogo confete em incompetentes, sei reconhecer o contrário…

Aí eu chamo o internauta à reflexão: como é que o grupo tem pelo menos três bons quadros colocados como pré-candidatos – Edvaldo Nogueira, Valadares Filho e Ana Lúcia – e ainda se cogita “sacrificar” Zezinho Sobral, mesmo sabendo que ele é um técnico e sequer tem densidade eleitoral? O que, exceto algo pessoal, impede o atual governador de retribuir o apoio que teve a Edvaldo, Valadares ou Ana? Ou apostar nos três nomes, tentar levar a disputa para o segundo turno e unificar as forças em torno de um só aliado?

Num momento muito lúcido, o deputado federal Fábio Mitidieri, aliado de primeira hora do governador, alertou, aqui neste espaço, que a eleição 2016 não pode servir para que se invente candidato. Este, sim, espelha pensar mais no grupo e em Aracaju do que em questões pequenas.

Insistir em fabricar candidato, tendo um adversário tarimbado como João Alves (pré-candidato) do outro lado, que nas últimas eleições largou com mais de 30% dos votos, soa tática suicida. Exceto habite a mente do atual governador o fato de que, como não nasceu para administrar e isso está manifesto vivo no caos vivido por Sergipe, estará a proteger os aliados justamente se afastando deles. Dar de ombros para não arriscar transferir o ônus do desgoverno.

Aí, sim, teria lógica. Fora isso, não. Como já lembrei aqui, com bem menos desgaste, o saudoso ex-governador Marcelo Déda foi aconselhado a se ausentar da campanha do então candidato a prefeito de Aracaju Valadares Filho, em 2012. Jackson ajudaria os aliados de outra forma. Sem aparecer. Entende? Pela gestão que fez – ou deixa de fazer –, melhor mesmo o anonimato. Seu governo é hoje, sem dúvida, o maior cabo eleitoral de João Alves. Oh vida irônica…

Modificado em 07/01/2016 08:08

Universo Político: