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“Viciado em caos”. Será este o problema do governo Jackson Barreto?

Filme retrata o caos

Por Joedson Telles

E agora, José, digo, Jackson? Dar os pulos e arruma o dinheiro que jura na cruz não ter, mesmo não faltando quem diga o contrário, e cumpre a obrigação, pagando o 13º do servidor? Avoca para si o alto preço, mas dar de ombros ao Judiciário? E agora? Tirar aquela onda dos óculos? Ah, duvido. Magistrado e magistério são palavras parecidas na importância e na grafia, mas as tintas das canetas são bem distintas. Que final de ano para o governador Jackson Barreto, não?

Como antecipei neste espaço, o peru de Natal do Governo do Estado estragou antes de ser traçado. Filho da mãe. Morreu de véspera para não quebrar a tradição, mas deixou a precoce vingança. Com o peso da caneta da juíza Christina Machado de Sales e Silva, se não quer pagar uma multa diária no valor de R$ 1 milhão, Jackson Barreto precisa fazer o básico que cabe a qualquer gestor: pagar o 13º salário dos servidores estatutários ativos e inativos que estão sob o guarda chuva da liminar conseguida pelo Sintrase. Se for esperto, aproveita e paga aos demais servidores, evitando novo constrangimento.

Argumentar apenas não vai resolver nada. Caixa, milonga, desdobro… Dizer que não foi notificado… Verbos já não colam mais. Na decisão, a magistrada adiantou logo: reconhece a crise econômica, mas o direito do servidor não pode ser violado. Ponto final. Perfeita. Além disso, Sergipe cansou das desculpas pífias de um governo idem.

Pô! O governo teve 12 meses – repita-se: 12 meses – para se organizar e evitar mais um vexame. Mas parece que é sina não corresponder às expectativas positivas e passar este tipo de coisa que desgasta ainda mais sua imagem. Se meter em problemas parece o destino deste governo. É como o personagem Doyle Gibson, interpretado por Samuel L. Jackson, no filme “Fora de Controle”. Gibson coleciona tantos problemas que, ao ser preso, escuta da ex-esposa “carinhosamente”: “você é viciado em caos”. Que definição: “viciado em caos”. Será este o problema deste governo?

Sabe o que é mais curioso neste “novo” episódio? É que pagar o 13º do servidor público é uma das obrigações básicas de qualquer gestor. É trivial. Não há favor na ação anual. Antes de assumir um governo, seja federal, estadual ou municipal, qualquer pessoa sabe que, se tiver vida e estiver no cargo até dezembro daquele ano, terá que pagar o 13º dos servidores. Isso até concluir o mandato.

Insisto: pagar folha é o óbvio do óbvio de qualquer gestão. É como cristão gostar de ler a Bíblia. Futebol com bola rolando. Serventia ter raiva de quem diz a verdade do seu patrão. É de uma obviedade tão grande que se não estivéssemos falando da gestão Jackson Barreto soaria pegadinha: “o Governo do Estado teve 12 meses para se organizar para o óbvio: pagar o 13º. Mas meteu os pés pelas mãos e tenta, agora, jogar um empréstimo no colo do servidor”.

Modificado em 18/12/2015 06:18

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