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Vaquejada? Boi não tem título de eleitor, mas quem defende o animal tem

Boi é puxado pelo rabo e atirado ao chão violentamente. Isso não são maus tratos?

Por Joedson Telles

Depois que o Supremo Tribunal Federal (STF), em boa hora, ratificou que o sadismo conhecido como vaquejada é inconstitucional, democraticamente, diga-se, pessoas que gostam da prática passaram a levantar suas bandeiras. A medida acertada do Supremo foi no tocante a uma lei cearense, mas, como micose, caminha rapidinho pelos demais estados nordestinos e a tal vaquejada, felizmente, deve estar com os dias contados.

Até lá, contudo, a exemplo de qualquer coisa que alimente a esperança de se obter votos, não faltarão políticos abraçando a ideia equivocada. Políticos estes, evidente, que não levam em conta ou fazem pouco caso das inúmeras denúncias de ambientalistas, biólogos ou de qualquer pessoa que pense nos animais que a vaquejada é um mal para os animais envolvidos. São políticos que dão de ombros aos maus tratos e embarcam no fraco argumento que se trata de um “esporte” que gera empregos e não causa nenhum mal aos bois e cavalos.

Evidente que aqueles que, insisto, democraticamente, abraçam o erro baterão palmas para estes políticos e, possivelmente, um ou outro pode até conseguir uns votinhos. Há, óbvio, os ruins de urnas que podem fazer o que for, falar o que for, o eleitor não gosta e ponto final. Mas alguns se darão bem. E, assim, abraçam a ideia.

Felizmente, entretanto, há os eleitores que, como defendem o meio ambiente, anotam cada nome envolvido na defesa da vaquejada ou de qualquer agressão e, se um dia votou em algum deles, não votará nunca mais. São eleitores que se valem da seguinte lógica: apoiar sadismo? Maus tratos animais? Uma covardia dessa com quem sequer pode se defender? Voto? Nunca mais. Esqueçam. Em certos casos, há até quem passe a fazer política contra quem não tem sensibilidade. Boi não tem título de eleitor, mas quem o defende tem.

P.S. Subestimar inteligência é o fato de dois vaqueiros se protegerem com luvas, botas, calças, jalecos e outros assessórios, montarem cavalos, fecharem o boi entre os dois, tirando o espaço para a fuga, partirem para derrubá-lo e ainda argumentar que o animal não sofre dano. Continuo procurando com uma lupa quem prove o juízo assumindo o lugar do boi.

Modificado em 17/10/2016 19:21

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