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Valadares e a obrigação de respeitar a história e pensar em Valadares Filho

Por Joedson Telles

O senador Valadares voltou a usar as redes sociais para tratar do tema desafeto Belivaldo Chagas. Argumenta estar a reagir a uma cutucada do governador reeleito, que, por sua vez, se manifestou justamente por conta de ter sido antes pauta do Twitter do senador. Ou do seu jornal, como ele costuma dizer. Valadares não deixa o eleitor esquecer um só segundo que ele e Belivaldo já não tomam mais um cafezinho juntos. Faz questão de marcar território. Vale-se da democracia e tome afronta. A questão é saber se cumpre o papel de oposição que as urnas lhe confiaram com maestria ou se anda a meter os pés pelas mãos. Até aqui, a segunda opção soa mais próxima da realidade.

Valadares, que já obteve a generosidade e confiança do eleitor para ser senador e até governador de Sergipe, acaba de ser, miseravelmente, abandonado pela maioria deste mesmo eleitorado. E, se pretende mesmo superar o momento difícil, precisa devolver os pés ao solo. Abandonar a tática que não lhe rendeu os frutos esperados, no último pleito, e colocar em prática ações em sintonia com a oposição que Sergipe espera e precisa.

Vale lembrar que esta mesma tática empregada hoje contra o governador Belivaldo Chagas foi testemunhada pelos sergipanos pelas mãos do próprio Valadares contra o então governador Jackson Barreto, e as urnas lhe deram a resposta. Aliás, Jackson foi na onda e também acabou derrotado. Literalmente. Que coincidência…

Valadares fica sem mandato, a partir do dia 1º de janeiro de 2019, e, assim, não terá nada a perder. Certo? Se o resultado das eleições lhe empurrou para a aposentadoria (e só ele pode dizer) aí é que deve está se lixando mesmo. Certo? Errado.

Se ele pensa assim é bom ir derrubando a ficha: sua história, os serviços prestados a Sergipe e, sobretudo, a obrigação de pensar no futuro político do deputado federal Valadares Filho, outro que fica sem mandato, em janeiro, não lhe permitem ao luxo de continuar errando.

Valadares precisa auxiliar Valadares Filho a juntar os cacos da oposição em Sergipe. Ou seja, fortalecer o PSB e formar um grupo forte, algo que por si só já é missão espinhosa para quem não tem mandato e nem cargos para oferecer. Feito isso, é fiscalizar o governo Belivaldo e a gestão Edvaldo Nogueira e fazer uma oposição que seja útil à população, e não apenas insulte adversários e afaste mais o eleitor.

Não pode ser oposição por oposição. Raivosa. Coisa pessoal. Sabe? Sergipe quer e precisa de uma oposição lúcida. Capaz de produzir bons resultados para o coletivo. Caso contrário, Valadares corre o risco de, ironicamente, ajudar a Belivaldo perpassar para o eleitor que há, de fato, “dor de corno e coisa de derrotado” nas setas atiradas em sua direção.

Modificado em 08/11/2018 22:11

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