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Todo ladrão é um vírus que precisa ser exterminado. O lixo dos lixos

Por Joedson Telles

Sabe o que mais inquieta e provoca indignação nas pessoas de bem diante da corrupção? O volume de dinheiro público que ladrões, cinicamente, metem as mãos? Claro. É grana que poderia, evidente, servir para, se não resolver definitivamente, ao menos minimizar inúmeros problemas sociais. Impressiona, sim. Pessoas do bem não comungam com putrefação. Impressiona o número já alto e que não para de crescer de prisões ligadas à prática podre? Da mesma forma.

Mas não são estes pontos que mais incomodam. Chama a atenção, deixa quem tem consciência do escroto exposto e vergonha na cara de queixo caído pelo menos duas outras coisas intrinsecamente ligadas à chaga: a ficha a não cair para todos os corruptos, que, ao invés de encararem de frente e como homens os graves erros, simplesmente, negam, se dizem inocentes e usam o dinheiro roubado para custear advogados.

E deixa atônito, por fim, a certeza da insanidade a tomar conta de outras pessoas, ainda ocultas, que, neste exato momento, não apenas no raio de alcance da Lava Jato, mas também fora dele, mesmo com o cerco se fechando à corrupção, não se controlam diante da prática abominável. Estão roubando ou tentando roubar. Seja a Petrobrás, o governo de algum Estado, a prefeitura de um município pobre, roubar parece viciante. Delírio? Anotem a data deste texto e aguardem as notícias.

Curioso também é que há ladrões que não precisam, mas roubam. Têm seus vencimentos, mas roubam. Sabem que estão errados, mas roubam. Têm discernimento de que hoje a informação circula com muito mais facilidade, liberdade e rapidez, e que isso facilita a descoberta do crime, mas roubam. Não têm dúvida que, uma vez descobertos, serão punidos. O Brasil está mudando. Mas roubam.

Pra ladrão só cadeia ou cemitério. Esbarram em pessoas sérias, honestas que tentam proteger o dinheiro público, mas dão de ombros e tentam atropelar da forma mais rasteira possível. Criam ódio a quem combate o bom combate e, se tiverem chance, roubam. Não se controlam. Acham normal. Os canalhas sabem da existência do Tribunal de Contas, do Ministério Público, da Polícia, do Judiciário, da imprensa, dos cidadãos de bem, mas arriscam e roubam. Pressionam como podem para tirar qualquer um do caminho.

Não se preocupam com ninguém. Roubam e ponto final. Não consideram pai e mãe, que, às vezes, são até idosos e doentes e, logo, não suportariam fitá-los no noticiário usando um par de algemas. Não estão nem aí se vão envergonhar filhos, irmãos ou quaisquer parentes ou amigos. Roubam na primeira oportunidade. Todo ladrão é cínico. É um vírus que precisa ser exterminado. O lixo dos lixos.

P.S. A mesma covardia de nunca assumir o que é, ao contrário de uma pessoa do bem, que até sente orgulho, o ladrão demonstra quando, finalmente, é preso. Pense num covarde quando na grade?

Modificado em 17/04/2017 07:23

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