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Seria açodado governistas decidirem “candidatura” agora. Diálogo é a palavra

Por Joedson Telles

Ressalvando não estar torcendo – e sublinhando que está acostumado a ser desmentido -, o deputado estadual Gilmar Carvalho assegurou que o bloco governista não apenas já escolheu o nome do deputado federal Fábio Mitidieri como pré-candidato ao Governo do Estado, em 2022, como também não tarda a se permitir ventilar sentimentos.

Gilmar Carvalho afirma ainda que a opção por Fábio Mitidieri foi motivada, também, pela certeza que o senador Rogério Carvalho (PT) é pré-candidato ao governo. Longe de ser governista, Gilmar, um político, hoje, sem grupo, lança o juízo baseado em fontes governistas não reveladas.

Não cometeria a deselegância de registrar aqui que o deputado Gilmar está equivocado. Tampouco ecoando equívoco. Até porque o deputado Fábio Mitidieri é, obviamente, um dos nomes mais fortes no agrupamento para a disputa, e não seria surpresa alguma se, lá na frente, se confirmar a notícia.

Entretanto, seria de um açodamento fora do comum, de uma ingenuidade que não se vê na política decidir por Fábio Mitidieri ou por qualquer outro nome neste momento. Isso não apenas pelo foco dos atores na pandemia como, sobretudo, pelo fato de a eleição para o Governo do Estado de Sergipe passar, necessariamente, por uma série de detalhes que exigirão do bloco governista muito diálogo, maturidade, reflexão, análise do cenário – inclusive o nacional – e das pesquisas.

Bolas! Como decidir nome de candidato, neste momento, se o governador Belivaldo Chagas, o líder do agrupamento, ainda não decidiu se deixa o governo para disputar o Senado ou se termina o mandato, tendo mais força para ajudar seu candidato ao governo? A decisão do governador e uma candidatura ou não de Lula a presidente farão toda a diferença.

Se a opção de Belivaldo for por deixar o governo antes do fim do mandato, não esqueçamos: Eliane Aquino do PT, repita-se, do PT, será governadora. Terá a caneta. Neste contexto,  obviamente, Belivaldo teria fortalecido o candidato do PT. Detalhe: além de Rogério, o PT teria Eliane sentada na cadeira de chefe do Poder Executivo com direito de disputar a reeleição.

Levando em conta tudo isso que envolve os nomes fortes do PT, turbinados pela presença física de Lula no processo eleitoral, creio que Belivaldo não abre mão do diálogo. Quer o grupo unido.

Diálogos esgotados, se o PT não for escolhido para encabeçar a chapa, e deixar o grupo, como em 2020, lá na frente, será outra história. Mas, neste momento, inclusive pelas recentes entrevistas do deputado João Daniel e do próprio Rogério Carvalho, o PT também quer diálogo.

Aí o internauta indaga com razão: “Sim, mas e se Belivaldo ficar no cargo?” Diálogo do mesmo jeito. Fábio Mitidieri, Rogério Carvalho, Laércio Oliveira, Edvaldo Nogueira, Ulices Andrade… Nomes não faltam. Terá mais força o governador e menos o PT, obviamente. Mas o diálogo terá que existir.

Aliás, o diálogo tem sido a marca deste agrupamento hegemônico, que já conseguiu, desta forma, e sem pressa, colocar juntinhos no mesmo palanque, por exemplo, o saudoso Marcelo Déda e os irmãos Amorim. O ex-senador Valadares e o ex-governador Jackson Barreto. Nada de espantos. Nada que um diálogo não tenha o poder de unir – ainda que o tempo separe depois. São todos políticos.

P.S. Há aliados de Belivaldo que são ligados a partidos que apoiam Jair Bolsonaro. A depender de como esteja a imagem do presidente, tais nomes, obviamente, estarão fortalecidos, exigindo ainda mais diálogo.   

 

Modificado em 15/04/2021 10:59

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