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Sepultem logo o PT em Sergipe

Déda: ainda maior que o PT de Sergipe?

Por Joedson Telles

Petista histórico, daqueles que ainda carregam na cabeça e nas ações o PT de outrora, comprometido com as causas sociais, longe, portanto, do que outros “petistas” fizeram com a história do partido, Rubens Marques, o professor Dudu, ajuizou neste espaço que o PT precisa ter candidato próprio a prefeito de Aracaju. “O PT tem que se impor, se não vai virar um partido de coadjuvante. Não pode virar apêndice do PMDB”, disse, alertando também que não é papel do governador Jackson Barreto “dá pitaco” no partido. Perfeito. Personalidade não se compra em farmácia.

O governador quer a petista (a viúva de Déda?) Eliane Aquino como pré-candidata a vice-prefeita de Aracaju do seu secretário de Saúde, Zezinho Sobral (PMDB). Sem as chamadas prévias. Sem discussão com a militância. Seria o saudoso Marcelo Déda ainda maior que o PT de Sergipe? Jackson quer Eliane “goela abaixo” dos petistas e demais aliados como se diz no jargão político – e como enxergou o senador Antônio Carlos Valadares, e, numa jogada de mestre, apressou o acordo PSB/PSD, e só não fez o mesmo com outros partidos porque não obteve a reciprocidade. Mas trabalha para isso. Se dependesse, dele, Valadares, Jackson e sua chapa dos sonhos já estariam isolados.

Não é papel do governador, como disse Dudu, decidir pelo partido alheio, mesmo sendo este aliado. Mas isso, caro Dudu, em se tratando do mundo real. Do mundo que é pensado e acordado na racionalidade, no respeito. No melhor, de fato, para o coletivo. No melhor projeto. Em política, onde entram interesses no varejo, qualquer papel é papel. Até fazer política mesmo com Sergipe de cabeça para baixo vale. É do jogo…

O pior para a sobrevivência do PT em Sergipe como um partido grande é que, com a não oficialização da pré-candidatura de Ana Lúcia, que entre outros motivos, acertadamente, pensou em sua saúde, o governador parece soberano na casa do vizinho para escolher quem senta à mesa.

Com Ana Lúcia disputando a Prefeitura de Aracaju – ou mesmo outro nome, mas que tenha o mesmo perfil da professora deputada -, o PT, ainda que não saísse das urnas com votos suficientes para assumir a PMA, em janeiro de 2017, seria vencedor. Teria pelos menos tentado resgatar sua história. Seu projeto. A dignidade jogada na lama por escândalos inimagináveis envolvendo petistas.

Participando como vice, ainda que a chapa fosse eleita, o PT teria uma mera participação no governo do PMDB – assim como tem hoje no medíocre governo de Jackson Barreto. Como vice – apito mudo na campanha e num suposto governo -, o PT sonharia com alguns cargos e só. Não teria como resgatar sua história. Provar na prática que poderia fazer em Aracaju uma gestão muito diferente do governo Dilma Rousseff, que pisa na cabeça dos brasileiros. Méritos e críticas iriam para o PMDB.

O PT de Sergipe joga na lata do lixo a chance de provar na prática ser diferente. Que existe. Que não foi Marcelo Déda em si quem chegou ao poder, mas a legenda. Sem tirar o mérito do piloto, evidente.

O PT, que já teve o prefeito da capital e, posteriormente, o governador do Estado, se mostrará pequeno ao ponto de sequer ter candidato próprio num arco de alianças cujos partidos aliados apresentarão pelo menos três candidatos. O PT joga a toalha antes de a luta começar. Sepultem logo PT.

P.S. Ideologia petista é? O professor Dudu ajuizou aqui que para ser candidato o aliado precisa entregar os cargos que tem no governo. Tem que ter desapego. Eliane Aquino toparia pagar este preço para disputar a PMA como cabeça de chapa?

Modificado em 02/02/2016 09:53

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