body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Sem a dedicação exclusiva de Jackson, uma candidatura de Eliane já nasceria morta

Eliane: Jackson teria que descartar os demais

Por Joedson Telles

Ingenuidade ou serventia? Eis a dúvida a aflorar, ao tomar ciência de juízos apontando que a ex-primeira-dama do Estado, Eliane Aquino, se filiou ao PT para ser candidata a prefeita de Aracaju. Aliás, nada como o tempo, não? Ana Lúcia, Rogério Carvalho e outros petistas falaram a verdade quando disseram, lá atrás, na última eleição, que Eliane Aquino não era filiada ao PT. A não ser, óbvio, que quem já é filiado possa se filiar pela segunda vez…

Nada contra Eliane. Entretanto, arrisco registrar que só dentro de uma possibilidade ela seria candidata: além, é claro, de convencer seus pares no PT, o que ainda não aconteceu, existir um desejo pessoal seguido de uma decisão irreversível do governador Jackson Barreto para vê-la em cena. Sem a dedicação exclusiva e muito suor de Jackson, uma candidatura de Eliane já nasceria morta. Ela não tem densidade eleitoral para enfrentar além dos aliados, João Alves e o peso do inferno astral que vive o PT, com a crise que asfixia o governo da petista Dilma Roussef.

Num agrupamento político que tem o deputado federal Valadares Filho (PSB), o ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) e nomes fortes no PMDB – listo Robson Viana e Garibalde Mendonça, por exemplo – é complicado emplacar Eliane com chances reais de vitória com um Jackson neutro, tratando aliados que o ajudaram a chegar ao poder da mesma forma.

Apesar de ser uma política jovem, carismática e, inegavelmente ter eternamente o saudoso Marcelo Déda como seu principal cabo eleitoral, Eliane dificilmente será a candidata única do governador Jackson Barreto no primeiro turno.

O máximo que pode acontecer, em ela convencendo internamente o PT a descartar Ana Lúcia e quem mais brote no caminho para oficializá-la como candidata, é Jackson colocá-la no mesmo patamar dos demais aliados já postos como pré-candidatos. Ao menos é o que diz a coerência.

Evidente que nada impede Jackson de abraçá-la, mesmo contrariando outros aliados. Mas não consigo imaginar Jackson, que já anunciou aposentadoria, criando arrestas desnecessárias no seu próprio grupo – sobretudo se no momento da decisão as pesquisas apontarem Valadares Filho, Edvaldo Nogueira ou mesmo outro petista à frente de Eliane.

Se o grupo quer mesmo ter uma chance contra a provável pré-candidatura de João Alves, Jackson Barreto ou precisa apostar no nome melhor posicionado nas pesquisas, desde, evidente, que haja consenso, e o grupo todo foque neste nome, ou arriscar lançar três ou quatro nomes para ver se um deles consegue ir ao segundo turno. Caso isso seja possível, JB reuniria todos os aliados em uma só candidatura para tentar vencer a eleição. Fora disso é dar carne a gato. Dito de forma, é ser cabo eleitoral de João Alves Filho.

P.S. Evidente que Jackson precisa, antes, resolver alguns problemas do seu governo, para chegar à eleição em harmonia com o eleitor. Caso contrário, pode editar o saudoso Déda, que mais atrapalhou que ajudou na campanha de Valadares Filho, em 2012.  

Modificado em 28/09/2015 08:24

Universo Político: