Por Joedson Telles
Nesta terça-feira 3, o ex-prefeito João Gama, atual presidente do PMDB de Sergipe, ao ser lembrado pelo radialista Gilmar Carvalho, na Mix FM, que o deputado estadual Robson Viana nutre simpatia pelo suposto projeto de reeleição do prefeito de Aracaju, João Alves, e não abraça, de pronto, a ideia de o PMDB lançar o secretário de Saúde, Zezinho Sobral, na disputa, puxou o freio de mão. Segundo João Gama, Robson não apita. O PMDB tem comando. Na sua ótica, zero de chance, portanto, de o partido subir no mesmo palanque que abrigue João, o Alves.
Não duvido que, de fato, o deputado Robson Viana não decida os rumos do partido nas eleições 2016. Tampouco apostaria que João Gama tem forças para tal. Se um deputado eleito pela sociedade, portanto, com poder de voto na Assembleia Legislativa não decide, o que dizer de quem não chegou pela vontade popular via urnas? De quem tem um cargo comissionado e pode ser exonerado a qualquer momento? O cimento que une João Gama ao Governo do Estado é bem mais a sua amizade com o governador Jackson Barreto que propriamente a sua competência técnica – sem desmerecê-lo, evidente. Até porque ninguém governa sem amigos.
Isso, aliás, obriga, digamos assim, ao ex-prefeito ser o porta-voz de Jackson Barreto a lavar a roupa fora de casa. Quando Gama afirmou que o PMDB tem comando disse a verdade. Todavia “esqueceu” de enfatizar: Jackson, e só Jackson, bate o martelo por lá. Mas nada de liderança política. Pesa a caneta que nomeia e exonera em harmonia ou não com interesses do próprio Gama, do deputado Robson Viana e demais peemedebistas. É isso que define.
O suspense é só um: saber se há cargos, digo, argumentos, para o governador Jackson Barreto convencer todos os aliados a respaldar Zezinho Sobral ou qualquer outro nome que almeje para tentar suceder João Alves.
Eis o script original. O resto é levar ao extremo a máxima de que só os políticos são astutos. Sabem jogar o jogo com maestria. Que os eleitores sequer entendem as regras. Desligados, existem apenas na hora de ir às urnas respaldar uma cultura viciada em saciar desejos no varejo e frustrar sonhos no atacado.
P.S. Ao comentar a possibilidade de Zezinho Sobral entrar na disputa, Robson disse, na Ilha FM, que Zezinho precisa trabalhar. Focar a saúde. E sobre Gama? Qual seria a avaliação do nobre deputado Robson Viana?
Modificado em 03/11/2015 15:45