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Se diante de uma situação de fundo do poço, a presença do governador não é imprescindível quando será?

Jackson: em campanha em 2014

Por Joedson Telles

O destino quis o governador Jackson Barreto numa cocó, neste momento. Não o quis em Sergipe, nos últimos dias, quando dois homicídios não foram evitados pela sua política falida de policiamento ostensivo. Obviamente, refiro-me aos crimes contra o cobrador David Jonatas Barbosa e o delegado Ademir Melo, mas admito o pecado de não citar um por um todos os homicídios que aconteceram (acontecerão mais?) durante as férias do governador.

Mas, como disse, o destino coloca o chefe da Segurança Pública de Sergipe, à luz da Constituição, numa cocó: se Jackson foi informado, ao menos é o mínimo que se espera, da morte do cobrador e não interrompeu as férias para abraçar o estado no qual se candidatou para governar, em 2014, se sequer emitiu uma nota de solidariedade em primeira pessoa, vai demonstrar sentimentos, agora, e fazer o inverso, porque se trata de um delegado de polícia? Qual seria o critério?

Jackson Barreto reassumirá o governo do Estado antes da data prevista, dada a gravidade do fato? Acompanhará toda a investigação de perto? Cobrará mais resultados do time que escalou e vem perdendo a guerra para os bandidos? Será mais um a colocar a culpa na legislação?

Note-se a cocó: Jackson dispensa ao delegado a mesmo atenção dada ao cobrador, persistindo no equívoco, ou espelha sem constrangimento que se preocupou mais com o crime que vitimou o delegado, reassumindo o governo?

Lembro o óbvio: cabe ao governador Jackson Barreto garantir a segurança dos sergipanos e demais pessoas que residem em Sergipe. Foi eleito e é bem pago para isso. Fora a estrutura governamental a qual tem direito. Não se cobra aqui dele dar segurança aos que residem no Rio, São Paulo, Bahia ou Alagoas, por exemplo. Seus votos foram válidos somente para Sergipe.

Tirar férias é um direito dele e de qualquer trabalhador, óbvio. Aliás, o descanso é bíblico. Mas quantas pessoas já interromperam férias por considerar suas presenças imprescindíveis num determinado lugar, por conta de uma fatalidade? Pessoas, inclusive, que não são empregadas e pagas pela sociedade? Quando nada, pessoas importantes em momentos difíceis dão o chamado apoio moral. A frase “pode contar comigo” deve ser dita sempre olho no olho…

A presença do governador no clima de terror instalado neste estado pelos bandidos, sobretudo no calor destes dois homicídios tão chocantes, não é imprescindível? Será que o próprio governador pensa assim? Quem deveria ser morto em Sergipe, então, para motivar o governador do Estado a reassumir o governo de pronto? Faço o desafio ao internauta descobrir e avisar-me. Se diante de uma situação de fundo do poço como essa, a presença do governador não é imprescindível quando será? Sergipe precisa de Jackson Barreto?

Modificado em 19/07/2016 09:54

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