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Saída do PSDB do governo é o caminho mais lógico

Por Joedson Telles 

O senador tucano Eduardo Amorim voltou a explicar, nesta segunda-feira 26, seu voto contrário à Reforma Trabalhista que o presidente Michel Temer sonha em ver aprovada para juntar a outras peças que poderiam lhe sustentar no cargo, mesmo diante de tanta turbulência. Eduardo argumenta que votou em sintonia com o trabalhador. Continuo a catar com uma lupa o motivo a sustentar tanta celeuma.

Bolas! A falta de liderança do presidente frente ao que julga ser sua base aliada sempre esteve bem exposta. Só não a enxerga quem não quer. Temer não foi eleito. Está no poder porque parlamentares assim decidiram – e óbvio: a fatura vem na carona. Barganha é palavra chave no governo que os petistas batizaram como “golpista”.

E, desta forma, nada mais natural que a insatisfação aflorar vez por outra. Cá pra nós: qual a novidade na notícia de o PSDB ainda estar no governo por conta de cargos e de sonhar com um suposto apoio do PMDB para tentar eleger o próximo presidente da República, em 2018? Nenhuma. Sejamos espertos.

Desta forma, basta um só “aliado” exercitar o desapego a cargos para que tome atitudes a desmoronar a casa. Ao que parece, não é um governo unido à base por ideias afins. Por ideologia. Pelo mesmo projeto construído em conjunto, visando o bem comum. Nada. Os interesses individuais dão as cartas.

Se um governo eleito nas urnas, idôneo, sem quaisquer suspeitas de prática de corrupção, correspondendo expectativas do coletivo tem lá suas dificuldades para manter a base sólida, imagine o que passa o governo Temer nos bastidores nas mãos dos “aliados” de plantão?

Os tucanos sabem mais que qualquer um neste Brasil que Temer perdeu quaisquer condições de permanecer à frente do governo, sobretudo desde que emergiu o polêmico áudio de um diálogo entre o presidente e o empresário réu confesso Joesley Batista.

A propósito, a Polícia Federal enviou, hoje, ao STF um novo relatório sobre a investigação do tal diálogo. O documento já está em poder também da Procuradoria Geral da República. O conteúdo não foi vazado até este texto ser postado, mas pode complicar ainda mais o presidente Temer.

Vale lembrar também que a grande mídia bate na tecla que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresenta, por estes dias, ao STF, uma denúncia contra Temer pelo crime de corrupção passiva.

E neste clima, a saída do PSDB do governo é o caminho mais lógico. Só não se sabe ainda quanto isso vai acontecer. Até lá, alguns tucanos farão como o senador Eduardo Amorim: tomarão decisões à revelia, dando de ombros para o que pensa o combalido Temer. Outros mandarão faturas altíssimas pelo apoio. Pobre Brasil. Pobre eleitor.

Modificado em 26/06/2017 19:26

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