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Rogério e as pedras no caminho para disputar o governo

Rogério: e o desafio que não é pequeno

Por Joedson Telles

Sabe o que tem de certeza nesta história ventilada pelo deputado petista João Daniel de o PT, o PSD, o PDT, o PC do B e o PRB fecharem em torno do nome do ex-deputado Rogério Carvalho para representar o bloco governista, em 2018, como pré-candidato a governador? Exceto a vontade e a necessidade de João – e óbvio a esperança do próprio Rogério e de meia dúzia – nada. É aquilo que o senso comum conhece como cantada de festa: “se colar, colou”.

No caso de João Daniel, e não é difícil deduzir, o deputado faz planos, evidente, para disputar a reeleição, em 2018. E, caso Rogério Carvalho não emplaque na majoritária, até por sobrevivência, tende a voltar a disputar uma cadeira na Câmara Federal. Como João Daniel só chegou lá com o seu apoio teria que abrir mão do sonho. Natural, portanto, ser um dos maiores incentivadores a semear a ideia.

Pode apostar: os partidos aliados ao PT sequer discutiram o assunto 2018 com a profundidade que precisam. Soa infantilidade imaginar que, em maio de 2017, cinco partidos já estejam fechados em torno de um nome para governador, em 2018. Que propaguem este nome à revelia de Jackson Barreto, ocupando cargos em seu governo. Também não creio que atropelariam o calendário da Justiça Eleitoral.

E o próprio PT? Arrancaram-lhe, violentamente, a cultura das prévias? É Rogério e ponto final? Martelo batido? Na melhor das hipóteses, a decisão foi tomada em conjunto, mas não houve divulgação como nos pleitos anteriores? Seja lá como for, é de um açodamento ululante. Inclusive porque o PT tem outros quadros que, certamente, têm bem menos rejeição dentro da sociedade que Rogério Carvalho.

Cito, de pronto, a vice-prefeita Eliane Aquino. Mas lembro também o vereador Iran Barbosa e o ex-deputado federal Márcio Macedo. Aliás, Eliane Aquino, por certo, unificaria facilmente PT, Jackson e Lula – tripé imprescindível para quaisquer pretensões petistas numa chapa majoritária, em 2018.

E o que dizer do próprio Rogério Carvalho? Inegavelmente corajoso, o ex-secretário de Saúde não titubearia. Encabeçava o projeto e tratorava aliados do contra, se preciso. É o estilo. Também proporcionaria um excelente debate na TV contra os adversários. O tamanho da coragem para bater de frente, contudo, é o mesmo da vulnerabilidade no embate quando o tema for saúde. É difícil tirar da cabeça das pessoas essa história de pai das fundações. Rogério explica, explica, explica… Mas o sentimento não muda.

Se conseguir remover tais pedras para entrar na disputa com chances reais, e isso só pesquisas podem comprovar, Rogério ainda precisará que o ex-presidente Lula não apenas consiga se livrar da Lava Jato, estando, portanto, em liberdade e elegível, mas que continue liderando com folga as pesquisas para presidente da República e disposto a abraçar a candidatura do PT em Sergipe.

Sem uma candidatura de Lula, o projeto Rogério Carvalho governador de Sergipe já nasceria morto. Ainda que respaldado pelo conjunto do PT, que unifique partidos aliados e que convença Jackson Barreto a abrir mãos de outros nomes e se juntar à causa, sem Lula nada feito. Podem preparar o sepultamento. Rosas vermelhas, por favor.

Modificado em 04/05/2017 21:52

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