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Rodrigo Valadares e o temor das entrevistas como o diabo da cruz

Por Joedson Telles

O deputado estadual Rodrigo Valadares já está eleito como o candidato a prefeito de Aracaju que mais deu cano na imprensa. Fugiu de entrevistas mais que o satanás da cruz. Ladrão da polícia. Cascão da água… Se fosse um Zé Ramalho ou um Neymar, a postura já seria reprovada, imagine em se tratando de um servidor bem remunerado com recursos públicos tentando ser eleito para ocupar cargo idêntico?

As fugas renderam ao candidato do PTB pertinentes críticas, sobretudo dos jornalistas Narcizo Machado, âncora do Jornal da Fan, e  Jozailto Lima, editor do site JL Política.

Zelando pelo bom jornalismo, Narcizo e Jozailto procuraram todos os candidatos a prefeito da capital e abriram o mesmo espaço para entrevistas; somente Rodrigo deu o silêncio como resposta.

Aliás, o deputado candidato fez a mesma coisa com o Universo, sendo o único a não participar da chamada “Entrevista Uniforme”.

Respeito o juízo dos colegas e não duvido um segundo que tenham razão nas críticas. Até porque, Rodrigo não fez pouco caso dos comunicadores, mas da sociedade. Do eleitor. Jornalismo não é uma ilha: é feito para alcançar  o maior número de pessoas possíveis. Uma prestação de serviço ao coletivo.

Todavia, uma outra linha de raciocínio, que não justificaria a “tática fujão”, não pode ser descartada: Rodrigo Valadares não agiu por impolidez, mas por sobressalto. Vá ver que não se garante cara a cara com um jornalista por temer suas próprias respostas ou a falta destas. Lhe falta preparo, quem sabe?

O candidato, que já defendeu, imagine, fechar escolas e vender os terrenos, pode muito bem achar que não tem conteúdo, verbos para se comunicar bem. E, a depender da entrevista, o estrago junto ao eleitor ser irreparável. Mais seguro é usar as redes sociais para divulgar o que quer – sem um jornalista a transmitir o sentimento do eleitor. Neste terreno, aliás, Rodrigo deita e rola. Não precisa de convites.

 

 

 

Modificado em 10/11/2020 09:32

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