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Quem mente Clóvis ou Palhaço? Um joga para o outro e o eleitor atônito

Soneca: precisa provar que fala a verdade

Por Joedson Telles  

O presidente do PPS, Clóvis Silveira, aliás, todos aqueles que fazem o partido em Sergipe e conhecem, minimamente, a sua história nacionalmente, tem a obrigação de expulsar o vereador Palhaço Soneca. Se na Justiça Eleitoral a legenda ficará com o mandato ou não é outra história. Vai-se à briga na esfera adequada. O que não pode é um partido com tradição na política brasileira como o PPS ter o seu presidente desmoralizado e com o carimbo de mentiroso na testa empurrado pelo Palhaço.

Não apenas pela sua idade, mas também pelo posto que ocupa no PPS, pelo tempo que participa da política sergipana, Clóvis Silveira merece mais respeito. E pela reportagem exibida na TV Sergipe, ontem à noite, das duas uma: ou ele mesmo cava a própria cova, ao mentir descaradamente sobre uma reunião na qual o PPS amarrou com o Palhaço o voto do representante do partido na polêmica eleição da Mesa Diretora da Câmara ou é vítima do Palhaço, que, invertendo a história, seria ele o mentiroso. Um acusa o outro e uma coisa é certa: se um deles fala que orientou e fechou o acordo, mas o outro nega, um dos dois tenta enganar a população.

É preciso tirar a história a limpo. Não que se trate de ícones da nossa política. Nada. Nenhum dos dois tem densidade eleitoral para ser tido como uma grande liderança. Mas como são atores do jogo político é bom a sociedade saber com quem está lidando. Sobretudo se o mentiroso, como tenta passar Clóvis, for o Palhaço, é importante o eleitor saber em quem votou e elegeu e, evidente, repensar o voto nas próximas eleições.

Aliás, se, de fato, está falando a verdade sobre não ter dado a sua palavra ao partido que votaria em Vinícius Porto, o próprio Palhaço deveria estar indignado e tentando de todas as formas provar seu juízo.  O desgaste é sempre maior para quem tem mandato. Sobretudo em se tratando de um calouro ainda por construir sua história política.

Não parece, mas o assunto é importante. Não pelos atores em si. Como já dito aqui, não são políticos de grande expressão. Ao menos até a última eleição. Mas o assunto é importante porque representa um daqueles momentos que os políticos cochilam e deixam o eleitor perceber aquilo que no fundo todos já sabem, mas eles negam veementemente na cruz: a política é um terreno minado onde a mentira, a enganação, o cinismo, a desfaçatez são ferramentas “imprescindíveis”.  Os meios sempre “justificam” os fins. Uma palhaçada com o eleitor? A depender do palhaço, não. Procuremos outro verbete. Melhor respeitar os animadores.

Modificado em 04/01/2017 06:56

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