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Que confiança mereceria Belivaldo de Jackson, se fosse liderado por Valadares?

Belivaldo e Jackson: afinados

Por Joedson Telles 

O radialista Gilmar Carvalho abriu seu programa na Mix FM, antes das 6h da manhã, desta quinta-feira 29, com cara de sexta-feira, rasgando: “exclusivíssima: Belivaldo Chagas diz que é liderado pelo governador Jackson Barreto”. Aí do outro lado do rádio indago a mim mesmo atônito: “Quem imaginaria diferente? Qual o governador que não lidera seus aliados – sobretudo aqueles de trato fino e leal como Belivaldo Chagas exemplifica?”

É certo que Belivaldo Chagas é filiado ao PSB cuja autoridade política repousa no senador Antônio Carlos Valadares. Mas o que isso significa perto da afinidade que o vice-governador tem com o governador, sobretudo neste período de afastamento de Jackson para cuidar da saúde?

Uma das belezas do jornalismo é justamente permitir aos autores a divergência de juízos. Não se discute. Aliás, registre-se: Gilmar Carvalho é um dos melhores radialistas genuínos. Domina o microfone como poucos no Brasil.

Entretanto, do meu ponto de vista, do modesto entendimento político e jornalístico, a notícia estaria muito mais numa eventual declaração de Belivaldo Chagas delegando a liderança ao senador Valadares, mesmo estando no exercício do Governo do Estado, gozando da confiança de Jackson Barreto, sem a sombra de um “núcleo de governança” e ainda em alta quando o assunto é a sucessão do próprio Jackson, em 2018. Cá pra nós: neste cenário, daria para negar a liderança do governador sem avocar a fama de traidor? No mínimo de ingrato?

Além disso, que confiança mereceria Belivaldo de Jackson Barreto, se ventilasse ser liderado por Valadares mesmo ciente da animosidade flagrante entre governador e senador?

Belivaldo Chagas, que já provou ser aliado de verdade, indo para o sacrifício, lá atrás, quando o grupo precisou rifá-lo para fazer aliança com o então candidato ao Senado, o hoje senador Eduardo Amorim, seria de uma ingenuidade sem tamanho afrontar o comando do governador que lhe acolheu tão bem na chapa eleita, em 2014.

O próprio senador Valadares, acredito, do alto da sua experiência neste terreno minado chamado política, deve ser o primeiro a entender isso – e até dar razão ao vice-governador Belivaldo Chagas. É certo que a história da política é contada apelando, vez por outra, para o verbete ingratidão, mas, como tudo na vida, tem também os seus limites.

Modificado em 29/10/2015 08:49

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