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Quando o velho JB se levanta sobre o governo Jackson Barreto e acerta a cara da serventia

Jackson: ecoando o Universo

Por Joedson Telles  

O governador Jackson Barreto teve uma recaída. Incorporou o velho JB dos tempos da oposição e bateu com força na cara da serventia. Atingiu em cheio aqueles que, “não se sabe o motivo”, enxergam, mas não admitem que o governo está longe de corresponder às expectativas do povo sergipano, criadas no cheiro das promessas feitas pelo então candidato Jackson Barreto, em 2014.

Refiro-me às palavras do governador dirigidas ao seu próprio secretariado, durante a solenidade na qual anunciou as mudanças na sua equipe. O juízo de Jackson entope a boca daqueles que, pensando em agradar o chefe, se permitem ao silêncio diante do barco a naufragar. Humilha lambe botas que sempre tomaram a dor do líder quando poucos espaços como este não se permitem sonegar o desastre em andamento.

Com a palavra Jackson Barreto:

“O que esperamos dos novos secretários é que haja competência e tempo integral. É preciso fazer mais que o dever de casa, ter criatividade e imaginação e não ser acomodado. A gente sergipana e as dificuldades exigem mais trabalho, afinco e competência. Não é fácil governar em momento de dificuldade financeira. Quando se administra com dinheiro é fácil, tudo se resolve. E o que queremos não é secretário reclamando com o governador e dizendo que a situação está difícil, e sim afirmando que vai trabalhar e tirar leite de pedra. Secretário bom é o que tem eficiência, o compromisso com o povo sergipano vale mais do que o compromisso comigo”, desabafou um lúcido Jackson Barreto.

O fato é que o recado foi duro, direto e, sobretudo, oportuno. Aliás, nada de novo para o internauta que acompanha o Universo. Há muito tempo tentamos aqui abrir os olhos do governador sobre a necessidade de fazer mudanças em busca da eficiência. E o fizemos não apenas emitindo juízo de valor diretamente, mas também dando voz a outros preocupados com Sergipe. Lembro que o deputado Robson Viana, por exemplo, usou o termo “chacoalhada” para externar sentimentos. Denunciou que havia gente acomodada. Que deveriam vazar do governo.

Não sei, entretanto, se Jackson Barreto mudou quem, de fato, precisa ser mudado. Se mexeu aonde deveria mexer. A princípio, nota-se que ele trocou alguns nomes por necessidades, acomodou indicações de aliados, mas não tocou nos amigos. Aí eu recorro aos botões: já pensou se os problemas listados por ele mesmo estiverem justamente nos seus amigos? Não sei se está e nem estou dizendo que está. Não conheço o governo na intimidade. Mas já pensou se estiver?

Já imaginou se Jackson passou este tempo todo para anunciar a permuta que “salvaria a pátria”, mas deixou “tranquilo e favorável” no governo, precisamente, gente que atrapalha o andamento da máquina? Tudo é possível. E em se confirmando a derrapada não será a primeira do governo Jackson Barreto.

Modificado em 27/01/2017 06:54

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