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Quando empréstimos não resolvem e ainda se somam ao caos

Empréstimo, empréstimo, empréstimo…

Por Joedson Telles

Nunca mergulho de cabeça quando leio quaisquer juízos em redes sociais. Em grupos de zap – muitas vezes palanques para quem não tem espaço na mídia despejar bobagens, agressões e mentiras – nem é bom falar.

Todavia merece atenção essa informação que volta a circular nas redes sobre o envio de um Projeto de Lei do Poder Executivo à Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, dia 21, para que os deputados estaduais aprovem mais um empréstimo para o Governo do Estado contrair. Já há setores da imprensa ecoando como “favas contadas”, aliás.

De fato, não surpreende que nesta gestão, que está mais para desgoverno que governo, pedir dinheiro emprestado soe a “solução” mais fácil para qualquer problema. Quem deve até o básico, como vencimentos de servidor, acaba mesmo apelando para qualquer coisa.

Dentro dessa lógica, pelo que se ventila nas redes sociais, a ideia seria conseguir a permissão dos deputados para retirar pelo menos R$ 250 milhões de um fundo previdenciário criado em 2008 pelo saudoso Marcelo Déda, pensando no futuro dos aposentados. Com a grana, o atual governo “se limparia” com aposentados e pensionistas de outro fundo previdenciário. Fala-se num rombo de R$ 1,2 bilhão. Números relativos ao ano vigente.

Em tempo, lembro que, oficialmente, Jackson Barreto não se pronunciou. Tudo pode não passar de especulação. Todavia, nos últimos anos, o Governo do Estado contraindo empréstimo virou lugar comum. E aí surgem perguntas que não calam nem ofendem: já pagou a todos os credores, para estar pensando em um novo empréstimo? O dinheiro – é bote dinheiro nisso – foi devidamente investido no que o governo usou como justificativa para a Assembleia Legislativa dar o seu aval? Resolveu os problemas?

Contrair empréstimo é algo de praxe em qualquer gestão. Jackson Barreto não é o gênio da história que inventou a “saída”. Todos os gestores se valem do artifício, que, quando observa certos critérios, não representa mal algum. Evidente, há juros, por exemplo. Mas resolve um problema evitando um maior.

O problema é quando não há planejamento. Seriedade com a coisa pública. Quando não se pensa outras soluções. Quando se faz uso dos recursos para outras finalidades. Quando, enfim, os empréstimos não resolvem os problemas presentes e ainda criam outros, às vezes, até maiores a se somarem ao caos instalado. Sergipe se encaixa neste perfil negativo? É com sua inteligência, internauta.

Modificado em 21/09/2016 07:50

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