“Procura-se João Alves Filho”

Por Joedson Telles

A frase que, certamente, tomou conta da mente de quem esteve na solenidade de posse do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B), na tarde deste domingo, dia 1º, no auditório do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), foi, sem dúvida, “procura-se João Alves Filho”. Se não foi essa foi alguma do tipo. Vale um picolé de graviola?

Desta vez, contudo, não foi para resolver os problemas do lixo de Aracaju. Tampouco os problemas da saúde ou da educação. Nem pense que foi para ele providenciar o pagamento dos servidores e fornecedores da prefeitura.

Também não foi para cobrar o pagamento da conta de energia elétrica da sede da PMA e de outros órgãos. Muito menos para pagar todas as contas, deixando a PMA sem dívidas ou para cobrar todas as promessas de campanha. Nada. Sua gestão se foi. Não adianta mais cobrar.

João Alves Filho, o ex-governador por três vezes e ex-prefeito de Aracaju por duas, o ex-ministro, estava sendo procurado apenas para transmitir o cargo de prefeito de Aracaju a quem as urnas escolheram como gestor pelos próximos quatro anos, Edvaldo Nogueira. Mas João Alves não apareceu.

E onde o Negão se meteu? Estaria visitando algum rio prestes a morrer? Discutindo um mega projeto com Jaime Lerner, em Curitiba? Estaria doente e ninguém avisou? Teve medo de ser vaiado e não deu as caras? Faltou-lhe a coragem para olhar nos olhos das pessoas presentes à solenidade e explicar a pífia gestão que terminou no dia 31 de dezembro? Ou estaria em campanha pelo Governo do Estado, visando às eleições do ano que vem? Só o próprio pode tirar as dúvidas. Até lá, insisto: “Procura-se João Alves Filho”. Quem souber do paradeiro, preste o serviço.