Prefeita de Itaporanga fala em emoção ao deixar o PSDB. Mas votou em Dilma contra o partido

Por Joedson Telles 

Através da sua assessoria, a prefeita de Itaporanga D’Ajuda, Maria das Graças, a Gracinha, envia um texto ao Universo informando que, na tarde da última sexta-feira 10, se desfiliou, depois de 22 anos, do PSDB de Sergipe. Segundo sua assessoria, a prefeita estava “bastante emocionada”. E enfatizou em suas palavras seus sentimentos.

“Hoje é um dia triste pra mim e todos que fazem o PSDB. Estou deixando esse partido com o coração sentido, pois são mais de 22 anos de luta e dedicação. Uma história que nem o tempo apagará”, disse, explicando que deixou o partido não pela chegada do senador Eduardo Amorim, mas a “disputa local” a motivou.

Notícia veiculada, observo que Gracinha, que deve está indo para o PMDB do governador Jackson Barreto, fez, digamos assim, uma homenagem ao seu próprio nome.

Bolas! Falar em emoção por deixar um partido o qual, mesmo filiada, ela votou no adversário na maior disputa? Só neste terreno chamado política somos obrigados a assistir a certas coisas. Coerência passou oceanos de distância.

Aliás, o próprio Eduardo Amorim, que chega para realinhar o partido, e tentar acabar com este tipo de incoerência, indagou, aqui no Universo, dias antes, se, de fato, a prefeita era tucana. Votar contra o então presidenciável tucano Aécio Neves, ajudando a petista Dilma Rousseff a afundar o Brasil e depois se emocionar?

Evidente que todos os políticos são livres e, democraticamente, têm o direito de tomar o rumo que quiserem. As consequências com aquela faixa do eleitorado que presta a atenção aos detalhes e leva isso em conta na hora de visitar as urnas, contudo, é o preço a pagar – sobretudo quando se opta por um partido que vive a massacrar o brasileiro. Os aumentos de combustíveis e energia elétrica somam-se ao desemprego para dizer a prefeita de Itaporanga o que ela ajudou a jogar no colo dos brasileiros.

P.S. Emocionado por tirar conclusões tão óbvias.