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PC do B e PSB juntos? “É conversa. Só vivem brigando… O povo está ligado”

Por Joedson Telles

Para quem tem o mínimo discernimento de como funciona a política, soaram desnecessárias as explicações óbvias dadas pelo presidente do PC do B de Sergipe, o vereador Antônio Bittencourt, a propósito das supostas declarações – o pé atrás parte do próprio Bittencourt – do pré-candidato e deputado estadual pela legenda, Breno Silveira. Hoje, PC do B x PSB lembram líquidos imiscíveis. Basta fitar a oposição dura que os Valadares fazem à gestão Edvaldo Nogueira para sepultar dúvidas pueris.

Então quer dizer que não há chances de o PC do B apoiar a pré-candidatura de Valadares Filho ao Governo do Estado? Não digo isso. Nada em política é impossível. Todavia, basta uma olhadinha na atual conjuntura para discernir o tamanho do besteirol sugerido. Aliás, nem perderia tempo com o assunto se não fosse o lado pedagógico da coisa.

Há fatos que servem de exemplos não apenas para os internautas, mas, sobretudo, para nós jornalistas da necessidade de filtrarmos o que não representam nada de positivo no jogo político. E tampouco acrescentam algo de benéfico ao coletivo.

“Prefiro entender que a fala de Breno foi mal interpretada por seu interlocutor. Não existe chance de aliança entre o PCdoB e os Valadares. O partido já decidiu. Não marcharemos juntos”, disse e foi feliz Bittencourt.

Não bastasse os lados opostos em que se encontram hoje PC do B e PSB, que, visivelmente, ainda não esqueceu os verbos usados pelo então candidato do PC do B, Edvaldo Nogueira, contra a candidatura de Valadares Filho, na eleição de prefeito de Aracaju, há outros fatos expostos às claras a impedir o acordo, que soa impossível no momento sem agredir a inteligência do eleitor.

Para não cansar o internauta com um assunto trivial, lembro apenas que, além da já citada animosidade entre as legendas, se houvesse, de fato, as chances de diálogo, estas, óbvio, seriam anunciadas não por Breno, mas pelo maior nome do partido em Sergipe, o prefeito Edvaldo Nogueira ou, no mínimo, pelo presidente Bittencourt. Ou não?

Não esqueçamos: antes de abraçar os Valadares, o PC do B teria que saber se os Valadares estariam dispostos a receber os afagos. Quem garante? Pegue as declarações de Valadares Filho e as twittadas do senador? Coloca a mão no fogo, internauta?

Edvaldo Nogueira estaria disposto a romper com os desafetos dos Valadares, o governador Belivaldo Chagas e o ex-governador Jackson Barreto? E a harmonia, em nome de Aracaju, construída entre Edvaldo e André Moura, hoje inimigo político do senador Valadares?

Não é notícia nova que a política tem tantas conciliações que assustam o mundo real. O próprio Valadares já a definiu como “coisa do cão”. Mas, pelo menos neste momento, para esta eleição, nem o próprio Breno e os que ecoam seus verbos acreditam no que diz. Podem apostar. E se acreditam, estão a pisar no terreno errado.

P.S. Por curiosidade, indaguei a um zelador do prédio o que ele achava da suposta aliança. A resposta foi de pronto: “Nada… É conversa. Eles só vivem brigando… O povo está ligado. Não acredito”. Daria um bom analista político. 

Foto: Marco Vieira

Modificado em 12/05/2018 09:25

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