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Pastor Luiz Antônio cogita ir à Justiça. Dos homens

Por Joedson Telles

Soube que o pastor Luiz Antônio, líder da Igreja do Evangelho Quadrangular, em Sergipe, cogita acionar a Justiça contra todas as pessoas que alimentaram com verbos açodados uma condenação sua na ação que, na prática, acabou sendo arquivada pelo Ministério Público de Sergipe.

Se for verdade e ele não mudar de ideia, mulheres que fizeram as denúncias e setores da imprensa serão, provavelmente, os principais alvos, além de um pastor que praticamente encabeçou o movimento.

Como pregador do evangelho, Luiz Antônio, entretanto, tem uma excelente oportunidade de imitar o Senhor Jesus e praticar o perdão. Se contentar com a inocência e seguir em frente. Optar pela justiça de Deus, e não buscar a dos homens e mulheres. Ganhar vidas para o Senhor Jesus sempre será o mais importante.

Evidente que tal juízo soa loucura aos que não vivem pela fé na palavra de Deus. Mas foi justamente o que o Senhor Jesus fez diante dos seus algozes, após sofrer o que ninguém mais suportaria na cruz.”Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes”, disse no Calvário (Lucas23:34).

Todavia, registro em tempo: a decisão é exclusiva do pastor Luiz Antônio. Foi ele quem sentiu na pele acusações gravíssimas desfilando na mídia. A condenação nas redes sociais. Nas rodas da vida. Portanto, merece ser respeitada qualquer decisão sua. Aliás, usei tanto da empatia com o pastor Luiz Antônio que, no dia 4 de abril, registrei neste espaço que seria açodamento condená-lo sem provas irrefutáveis. Leia o texto:

O pastor, as acusações de assédio sexual e a condenação açodada

A polícia ainda investiga as denúncias de assédio sexual contra um pastor e líder de uma grande Igreja Evangélica, aqui em Sergipe. Mulheres que se dizem vítimas estão sendo ouvidas, e o nome do pastor segue mantido em sigilo. Algo, aliás, que parece não adiantar muito em se tratando de uma capital geograficamente pequena como Aracaju.

A propósito, conversei com várias pessoas sobre o delicado assunto, e, mesmo sem eu citar nome algum, todas apontaram na mesma direção. Pior: a maioria absoluta já o condenou.

Sem querer passar pano, e totalmente a favor de uma investigação séria, creio que tão grave quanto o crime de assédio sexual em si é condenar uma pessoa sem base alguma – sobretudo em casos como este onde, inevitavelmente, pesa muito o lado espiritual.

Assédio sexual é sempre assédio sexual, mas, supostamente, partindo de um homem que conhece a palavra de Deus, evidente, que as proporções são outras.

Daí a necessidade de, até que provas irrefutáveis sejam apresentadas (se forem) e aceitas pela Justiça, a presunção da inocência não ser descartada. Qualquer cidadão, quando acusado, tem o direito a ampla defesa, antes de ser julgado pela Justiça, que decidirá se ele permanece inocente ou não.

Não faltam exemplos de acusações chocantes, que tomaram conta da mídia e revoltaram a sociedade, mas que foram desmoralizadas pelo tempo e por investigações isentas.

Quando se está colocando em xeque a imagem de uma pessoa, a sua liberdade – no caso em tela também o seu ministério -, o vocábulo açodamento, obrigatoriamente, precisa ser permutado por cautela, prudência, sabedoria, misericórdia.

Agir dessa forma não significa passar pano. Insisto. Como já deixei claro aqui, é preciso uma investigação séria. Mas não podemos pecar pela pressa.

Estamos falando de um ser humano que, mesmo que, lá na frente, não fique provado ser inocente, já fez o bem a muita gente. Ainda que tenha caído – porque todos nós somos carnes e estamos sujeitos a cair – tem um bom legado. Aliás, 1º Coríntios 10:12 é parte da perfeição Bíblia: “Aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia”.

Feliz Páscoa.

Modificado em 22/11/2021 19:39

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