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O trânsito caótico de Aracaju

Por Joedson Telles

Quem circula pelas ruas de Aracaju – a pé ou conduzindo um veículo – nota facilmente que irresponsabilidade e despreparo passaram a ser vocábulos precisos a resumir um caótico e preocupante trânsito.

A constatação soa como alerta para o crescente número de colisões e atropelamentos e, consequentemente, de pessoas acidentadas ou mortas. Sem falar nos danos materiais. Grita a inteligência: não podemos esperar as estatísticas subirem às nuvens para atacar o mal.

De uns anos pra cá, o trânsito mudou muito. Ficou mais complicado. Entretanto, a impressão que se tem é que os responsáveis pela disciplina e controle dos condutores não conseguem acompanhar. A política de trânsito soa obsoleta. Falida.

Não faço o diagnóstico com simples intuito de criticar os envolvidos na missão de cuidar do trânsito. Mas como forma de alerta. De tirar da zona de conforto em nome de um bem maior: a vida.

Evidente que diagnosticar com precisão o que levou o trânsito de Aracaju à beira do caos carece de um estudo profundo, e o mesmo vale para se colocar em prática uma nova política. Porém, há pontos que, de cara, chamam à reflexão na busca pela solução.

Um deles é o fato de o desemprego ter motivado muita gente a assumir a condição de motorista profissional nos chamados aplicativos. Será que houve a preparação adequada para todos?

A questão se agrava não apenas pelo número excessivo destes veículos nas ruas, mas também pela concorrência pelos passageiros, que pode estar “servindo de incentivo” para alguns dirigirem fora dos padrões da direção defensiva. O estudo revela, facilmente, o que, de fato, está havendo.

Fenômeno parecido acontece com os motoboys. Também empurrada pelo desemprego, muita gente encontrou na profissão um meio de sobrevivência. Mas, assim como alguns motoristas de aplicativo, será que todos têm condições de estar no trânsito? Aliás, quem é condutor e nunca se deparou com um destes motoboys sendo imprudentes atire o primeiro capacete.

Jamais pregaria aqui uma medida capaz de impedir um trabalhador de ganhar seu sustento. Até porque tem gente que não é motoboy ou motorista de aplicativo, mas faz besteira no trânsito. Portanto, nada de tomar a carteira ou apreender o veículo. Todavia, educar e multar na reincidência é o mínimo do mínimo. E a regra serve para todos.

Aí o internauta indaga, não sem motivos: “mas isso já não vem sendo feito? Não é o básico?”. Sim. Óbvio. Mas de forma tímida. Não vem adiantando muito. É preciso intensificar. Haver mais campanhas educativas, mais viaturas e policiais nas ruas fazendo blitz, não passar a mão na cabeça dos desobedientes. Tais medidas somadas a outras mediante o mencionado estudo, certamente, se não resolvesse, melhoraria bastante o trânsito de Aracaju.

P.S. O número de condutores que usa o celular no trânsito é a prova dos 9 que a fiscalização precisa melhorar muito.

 

Modificado em 17/11/2021 10:25

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