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O tempo dirá o que Jackson quis dizer

Por Joedson Telles

Saca só como o senhor governador de Sergipe, até o dia 31 de dezembro de 2018, Jackson Barreto, muda o rumo da prosa. Em segundos, entro em campo.

“A essa altura da minha vida, não tenho o direito de cultivar egocentrismos ou vaidades pessoais, muito menos, de alimentar ilusões sobre o poder. Tenho, contudo, um sentimento forte e inarredável do dever e da responsabilidade de governar, de produzir resultados para Sergipe. Isso me faz ultrapassar animosidades, e até esquecer ofensas. Diante dos integrantes desta Casa, diante dos que ocupam essas galerias, faço um apelo pela unidade da nossa bancada em Brasília, pela somação dos esforços de todos os representantes, no Senado e na Câmara, não para ajudar um governo, ou um eventual governante, mas, exclusivamente, em favor de Sergipe e do nosso povo”.

No gramado… Belas palavras, não? O papel em mãos, durante o discurso que fez na tribuna da Assembleia Legislativa, na última quarta-feira, dia 15, contudo, coloca em xeque, evidente, se saíram, de fato, da sua cabeça. Mas que o discurso é bonito é. Longe, muito longe de um Déda. Mas deu para o gasto. O problema é o ponto de interrogação a emergir voluntariamente: será que o sentimento é verdadeiro? Nada pessoal, mas temo que haja um oceano a distanciar teoria e prática.

Recorro, então, aos inseparáveis botões: a ficha caiu? Será que Jackson passou a entender que a idade, a responsabilidade do cargo que ocupa e, sobretudo, o caos que vive Sergipe não permitem que ele alimente uma desnecessária e tola animosidade com a oposição? Que chacotas, gozações e apelidos não rendem nada de interessante ao coletivo? Jackson entende, agora, que os senadores Eduardo Amorim e Valadares, que os deputados André Moura, Valadares Filho e o jovem Georgeo Passos, entre outros, estão cumprindo o papel que as urnas lhes conferiram, ao fiscalizarem seu governo, cobrarndo o mínimo de gestão? Lembrou que ele, Jackson, cresceu neste meio político, justamente, fazendo oposição e precisa mostrar coerência, respeitando o contraditório?

Seria (será?) excelente para Sergipe a concretização da retórica. A união de todos. Existir a divergência, mas até onde for salutar. Cobranças? Existem até entre casal que se ama. Mas tudo com o coletivo, com Sergipe em primeiro lugar. Acirrem-se os ânimos no período eleitoral. A guerra pelas mentes e, consequentemente, pelos votos faz parte do contexto. Mas antes disso, Sergipe, seu povo e os inúmeros problemas visíveis pedindo soluções devem estar no foco de todos agentes públicos pagos pelo contribuinte para dar respostas positivas. O tempo dirá se foi isso que Jackson quis dizer. Se o governador está disposto a servir de exemplo.

Modificado em 17/02/2017 06:25

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