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“O tapa foi na cara de toda a torcida do Confiança”

Por Joedson Telles

Ex-presidente do Confiança, o polêmico empresário Célio França, ao ser  entrevistado, nesta sexta-feira, dia 19, pelo radialista Gilmar Carvalho, sobre a lamentável e covarde agressão física sofrida por um torcedor do time à porta do Estádio Sabino Ribeiro, semeou fortes ventos.

Começa pelo fato de, segundo Célio, o agressor, ao contrário do que diz uma nota pífia emitida pela Direção do Confiança, ser, sim, segurança do time, há anos. Aliás, um cidadão muito conhecido no mundo do Confiança.

Célio assegura que o agressor agiu sob orientação superior, se trata de um funcionário da Prefeitura de Carmópolis, de onde o presidente do Confiança, Hyago França, é vice-prefeito, e, no momento da violência contra o torcedor, estaria armado (ou pelo menos deu a entender isso) mesmo não sendo um policial.

Indignado, Célio França solicitou apoio ao deputado Gilmar Carvalho, que se prontificou a ajudar, de pronto, para que haja uma investigação que jogue luz sobre todos os detalhes, e impunidade não seja a palavra final.

Insistindo que o presidente Hyago França precisa entender que não é dono do Confiança, Célio França cobrou transparência no que diz respeito ao volume de dinheiro que entrou no caixa do Confiança, nos últimos anos. Deu a entender que há sérios problemas.

Célio França enfatizou que o torcedor do Confiança tem todo o direito de procurar saber o que está havendo com o time, que não vai bem dentro de campo. E lembrou que o torcedor agredido fez isso de forma ordeira. “O Confiança não tem dono. O Confiança é do povo”, lembrou bem.

Somando-se  a agressão injustificável às declarações do ex-presidente Célio Franca, fica evidente que um Boletim de Ocorrência precisa ser feito com urgência para as devidas providências. É caso de polícia, sim senhor.

O time, de fato, desde  o ano passado, não vem jogando redondo. Se manteve na série B do Campeonato Brasileiro porque conseguiu fazer uma “gordura” no  meio da competição. Mas, como todos que acompanham o futebol sabem, por pouco, não foi rebaixado.

Na atual temporada, o Confiança foi eliminado precocemente na primeira fase da Copa do Brasil pelo modesto 4 de Julho, ainda não venceu, após três rodadas, pela Copa do Nordeste, e levou tapa, essa semana, do Itabiana pelo Sergipão. Isso, obviamente, inquieta quem ama o Confiança. O torcedor agredido não estava ali sem motivos.

Óbvio que a presunção da inocência precisa estar ao lado do presidente Hyago França. Todavia, Célio França foi feliz ao observar: “o Confiança é do povo”. Tudo precisa ser esclarecido.

É preciso uma auditoria – de preferência externa  – para dar total transparência ao caixa do Confiança. Cada centavo que saiu precisa ser justificado. O fato da atual diretoria ter na sua biografia o acesso do Confiança à série B não emite uma carta branca sem a necessidade de justificar ações postas em xeque.

O Confiança poderia estar na série A, liderando o Campeonato Brasileiro. Classificado para a Taça Libertadores da América. Um torcedor ser agredido por estar na calçada do Sabino Ribeiro de forma pacata demonstrando sua preocupação com o Dragão jamais será aceitável. É fora da realidade.

Colaborar para que não haja impunidade pode mitigar o prejuízo para a imagem desta diretoria. Como bem disse Célio França, “aquele tapa foi na cara de toda a torcida do Confiança”. A propósito, meu rosto ainda está marcado.

Modificado em 19/03/2021 10:51

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