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O silêncio de João Alves e a conivência dos que vivem à sombra

Por Joedson Telles 

O que é preciso mais para o prefeito João Alves reunir a imprensa e acabar o suspense sobre o seu futuro político? João Alves é pré-candidato à reeleição ou desistiu? Se pretender disputar mais uma eleição, manterá José Carlos Machado ao seu lado na chapa? Caso isso não esteja em seus planos, o que teria derrubado Machado, depois de tantos anos de parceria fiel e harmônica? E quem ocuparia este espaço? O deputado estadual Robson Viana, que já disse ao Universo estar à disposição? O PSC acaba de descartar o DEM. Há outros nomes a surpreender?

E se João Alves não topar o desafio de tentar suceder a si mesmo na Prefeitura de Aracaju, a partir de janeiro de 2017, o que desestimularia um homem público tão importante para Sergipe e cuja história sempre foi construída com base em desafios?

Saúde? Família? Receio de ser derrotado? Ausência de estrutura? Opção por se preservar para tentar ser governador do Estado pela quarta vez, em 2018? Decisão pela aposentadoria? Outro motivo que sequer é levado em conta pelos analistas políticos? O que teria forças para tirar João Alves Filho de uma disputa política? João Alves fora do pleito apoiará Valadares Filho? Estará João Alves com Valadares e contra Jackson Barreto outra vez?

Dúvidas, especulações, asneiras, setas adversárias… Tudo isso poderia ser evitado, se o prefeito se desse ao luxo de convocar a imprensa e conceder uma entrevista coletiva, dando transparência aos fatos.

Sem sentir, João Alves vai avocando a lógica do “quem cala consente”. E, assim, a tese que mais agrada aos adversários vai ganhando cores fortes no desenho do quadro eleitoral. Na ausência do contraditório, evidente, predomina um único discurso. Uma única versão dos fatos.

Na última quarta-feira, dia 27, por exemplo, durante o ato no qual o PSC oficializou que havia descartado o DEM e aderido ao PSB, o assunto “João Alves desistiu e não vai à reeleição” disputava com a pauta do evento. Políticos já davam como certa a saída de cena do prefeito.

Por sua vez, João Alves dar de ombros para tudo isso. Querendo ou não, ignora imprensa, aliados, adversários e, por tabela, o eleitor. Diante da informação que estaria fora da disputa, sequer orientou sua assessoria a emitir uma nota com sua versão.

Aliás, é difícil imaginar que João Alves não tenha nada a dizer neste momento. Que tantos anos de vida pública não lhe ajudem a formular o juízo coerente. Adversários pregam renovação. O silêncio de João Alves pode não dizer nada, mas pode dizer tudo.

P.S. Espanta tanta gente à sobra de João, alguns há anos, mas ninguém para conduzi-lo pelo caminho correto, neste momento. Carência de astúcia? Ausência de condições para persuadi-lo? Ou a tese do umbigo nunca esteve tão flagrante?

Modificado em 28/07/2016 20:06

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