body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

O silêncio de Edivan Amorim e a missão em 2016 projetando 2018

Edivan: foi ao horário eleitoral rebater críticas

Por Joedson Telles

Tido como um dos líderes do agrupamento que fez cerrada oposição ao governo do saudoso Marcelo Déda, e perpassou à gestão Jackson Barreto, o empresário Edivan Amorim, que chegou a registrar uma candidatura de deputado estadual, nas eleições 2014, optou, em 2015, pelo que se conhece no meio político como uma “mergulhada”. Anda mais quieto do que gato quando recebe carinho.

Conhecido como especialista em persuadir, pronto para articular, sobretudo, nos bastidores, e ainda por ter a língua amolada, Edivan Amorim pode receber qualquer crítica dos adversários menos que não desceu do palanque. Ele tem se mantido distante da política local e evitado conceder entrevistas, cobrando as promessas de campanha não cumpridas pelo governador Jackson Barreto. Respeita as urnas além da conta.

Quando procurado por jornalistas para comentar algum assunto político, mesmo que seja o caos instalado em Sergipe por seus adversários, Edivan opta pelo discurso de que “não é o momento” de falar. Aguarda a quarta-feira de cinzas de 2016. Aliás, a sua última aparição pública deve ter sido quando emergiu surpreendentemente no horário eleitoral da TV, em 2014, defendendo-se de acusações do então candidato Jackson Barreto e o criticando bastante. Não falta, aliás, quem tenha considerado a reação como uma mordida de isca. Um erro primário, em se tratando do contexto daquela eleição…

…Depois do longo “descanso”, passado o carnaval, Edivan Amorim terá, juntamente com o seu irmão, o senador Eduardo Amorim, a missão de coordenar as discussões sobre o melhor caminho para o agrupamento em 2016, projetando 2018. O grupo terá que optar se mantém a aliança com o prefeito João Alves – mesmo sabendo que ele não abre mão de ter José Carlos Machado como seu vice -, se lança candidato próprio a prefeito de Aracaju ou se “nenhuma coisa nem outra”, alimentando o lugar-comum: “em política, vale tudo”.

Se a decisão for por candidatura própria, como alguns no grupo defendem abertamente, pinta outro probleminha: quem seria o nome com chances reais de vitória? Eduardo Amorim iria à disputa ou seria preservado? No caso de Eduardo disputar e perder, duas derrotas seguidas não tornariam as coisas ainda mais difíceis em 2018?

É notório – e já era até esperado – que o resultado das urnas, em 2014, enfraqueceria o grupo, que acabou sendo reduzido na Assembleia Legislativa, na corona também da polêmica em torno das verbas de subvenção social. E, justamente fitando vacas esguias, Edivan Amorim terá que atuar sem o direito de cometer erros que podem permitir situações irreversíveis e nocivas à maior pretensão política do agrupamento, em 2018. No seu silêncio, Edivan Amorim, certamente, já percebeu esta obviedade.

Modificado em 23/11/2015 19:27

Universo Político: