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O PT ideológico e o da moda que prevalece

PT rachado: os de Jackson e os contra

Por Joedson Telles

Vale uma Heineken canela de pedreiro que a deputada Ana Lúcia e demais companheiros da Articulação de Esquerda ficarão falando ao vento com essa história de pedir divórcio do casamento PT/PMDB, leia-se do matrimônio do PT com Jackson Barreto a portar a caneta peculiar ao boss do Poder Executivo de plantão? Uma Heineken, não. Várias com direito a uma boa picanha argentina.

Exceto o PT Nacional coloque em prática o chamado “de cima pra baixo”, sobretudo se Lula for candidato, Ana, Iran, professor Dudu… Todos os companheiros serão vozes vencidas. Aliás, deveria ter apostado umas verdinhas holandesas, lá atrás, na ficha que Rogério Carvalho não passaria a presidência do PT para Ana Lúcia, como acordaram na última eleição do partido, para isolar e derrotar o então candidato Márcio Macedo.

Não que a Articulação de Esquerda deixe de ter razão no pleito. Pelo contrário: trata-se de uma das correntes cuja história dentro do PT mais espelha coerência com o discurso de criação da legenda. Tampouco a deputada Ana Lúcia – séria e coerente até na ótica dos seus adversários – deixou de merecer crédito. Nada disso.

O problema é que o PT, em sua maioria, desaprendeu a fazer política usando como combustível a ideologia. Abrindo mão de alianças fora de sintonia com seus princípios sociológicos. O PT chegou ao poder, sentiu o gostinho e, igualzinho a outros partidos que tanto criticou, ao longo dos anos, colocou a ocupação de espaços em primeiro lugar.

Há exceções, evidente. Mas a maioria ou não quer perder ou sonha em ganhar. Há petistas que não suportam mais viver sem um mandato ou, no mínimo, sem ocupar um bom cargo comissionado. Voltar às ruas como militantes, sem mordomia, sem grana, sem holofotes, suando a camisa e batendo de frente contra o sistema, mesmo que isso feche portas, já não preenche mais todos os petistas. Saiu de moda.

Se estes petistas modernos estão certos ou errados, não me cabe julgar. Deixo para aqueles petistas que permanecem fieis à gênese da legenda. Os que continuam dispostos a sacrificar em nome da ideologia que abraçam. Deixo para as urnas oferecerem respostas, nos casos, óbvio, daqueles que se aventurarem numa eleição apostando na nova roupagem. No PT da moda que prevalece.

Modificado em 22/02/2017 06:06

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