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O PC do B lança Edvaldo. O PSB trabalha Valadares Filho. O PMDB tem mais de um nome. E o PT? Vai de Ana mesmo?

PT e os desafios de 2016

Por Joedson Telles

É certo que a eleição de 2016 para prefeito de Aracaju, à luz da legislação eleitoral, sequer pode ter nome posto como candidato neste momento. Aliás, não sei muito bem onde a lógica repousa: é possível falar em pré-candidatura, mas jamais em candidatura? Todavia, mesmo oficialmente o assunto candidatura só podendo ser pauta no ano que vem, já é possível notar que o tema eleição 2016 já perpassa interessados diretamente nos futuros mandatos e chega à sociedade via mídia. Até porque a cada novo pleito, o próximo é antecipado açodadamente, chegando a confundir-se com o vigente. As eleições 2018, por exemplo, estão sendo discutidas antes mesmo das definições sobre as eleições 2016. Temos um caminhão de candidatos ao Senado e candidato a prefeito e a governador ao mesmo tempo. É a política desafiando a física.

Nesta corrida excitada, os mais atentos já notaram a ausência do PT na pista da oposição ao prefeito João Alves. Timidamente, fala-se na deputada Ana Lúcia. Mas, por enquanto, apenas os solitários e coerentes militantes da Articulação de Esquerda fazem o coro. Saliente-se: de praxe, vozes vencidas nas decisões da legenda. Há quem sonhe com Eliane Aquino entrando na disputa. Mas unidade mesmo, nada. Nem de longe, o PT lembra os aliados. A grita do PC do B para lançar Edvaldo Nogueira como pré-candidato a prefeito denota uma convicção tão grande do êxito do projeto que já foi sentenciado: é Edvaldo com ou sem o apoio do governador Jackson Barreto. O PSB está fechado em torno do projeto Valadares Filho. O PMDB tem mais de um nome, mas todos garantem que é só o governador Jackson Barreto bater o martelo, e o partido terá, sim, candidato. Os deputados Robson Viana e Garibalde Mendonça, aliás, já se apresentaram para a missão.

Mas e o PT? O partido, que até bem pouco tempo liderava o agrupamento na pessoa do saudoso Marcelo Déda, fecha em torno de Ana Lúcia, que já antecipou não querer doações de empresários e nem concorrer com outro nome internamente? Caso seja este o caminho, qual será o tamanho do PT nas eleições de Aracaju? Tem força política, argumentos e outros pontos conhecidos no mundo político para persuadir seus pares que tem o melhor projeto?

Sinceramente, é difícil imaginar o PC do B, o PSB e o PMDB abrindo mão dos seus pré-candidatos para apoiar uma candidatura do PT, sobretudo da forma que a possível pré-candidata Ana Lúcia está a definir as regras do jogo. Certa ou errada, se Ana pensa diferente de muitos dentro do próprio PT, imagine na casa alheia? Ana não unifica. Também não creio que, sob as duras críticas que os partidos tidos como de esquerdas, como o PCB, o PSTU e o PSOL, fazem ao governo Dilma exista clima para uma aliança com o PT.

A julgar pelo que o Partido dos Trabalhadores tem espelhado até este momento, seja Ana ou outro petista o pré-candidato, o PT corre um risco muito grande de ter apenas dois caminhos no próximo pleito: manter a ex-primeira dama Eliane Aquino nos seus quadros e encaixá-la como candidata a vice-prefeita do PC do B, PSB ou PMDB. Difícil, se não impossível, a deputada Ana Lúcia aceitar entrar na disputa sem ser ela a candidata. O segundo caminho, creio, seria apostar tudo em Ana Lúcia – numa candidatura isolada, dificílima, se não utópica, mas de uma força ímpar para começar a resgatar o PT de antigamente, antes de a história de militância, da luta social ser permutada por notícias como ‘mensalão’ , ‘petrolão’ e coisas do tipo, que mesmo não tendo a partição de políticos sergipanos, ao menos até o momento nunca sequer se cogitou a hipótese, não deixam de afastar eleitores da legenda 13.

Modificado em 22/09/2015 07:05

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