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O Negão segue no topo da lista dos que mais ajudaram a desenvolver SE

Por Joedson Telles

Coloquei, assim como tantos sergipanos, o nome do ex-governador João Alves Filho na lista das minhas orações ao Senhor. Quem ainda não fez o mesmo não perca mais tempo. Se não tivermos amor ao próximo, o que estamos fazendo neste mundo em curta estadia? João Alves luta pela vida; e sejamos sinceros: as notícias que desembarcam em Sergipe tornam difícil precisar se ele está se despedindo ou se carimbará mais uma grande vitória com a sua cara. Independente do desfecho que só cabe a Deus, o jornalismo e a história, contudo, já tatuaram o nome João Alves Filho como o maior político nascido em Sergipe – sobretudo quando a pauta é quem fez mais pelo estado. João tem o meu reconhecimento.

Seria desnecessário, diria até fadigoso, abusar da paciência do internauta listando aqui todas as obras e ações que João Alves assinou em Sergipe. Se o fizesse, certamente, também cometeria o pecado de não saber tudo ou esquecer muitas delas.

O repertório é tão vasto, tão abastado, tão imprescindível que quisera este jornalista ter tempo para pesquisar e escrever a biografia de João Alves Filho. “O Negão: uma vida em prol de Sergipe bem” seria um possível título da obra, que, certamente, precisaria ser construída em vários volumes para ser completa…

Resumo: se a política de Sergipe fosse a Champions League, os políticos os times europeus e a Orelhuda fazer o bem ao estado, João Alves seria o Real Madrid – maior vencedor da história com 13 conquistas, contra os míseros cinco troféus que o seu maior rival, o Barcelona, conquistou. A disparidade grita.

Sergipe, ou pelo menos o Sergipe consciente, reconhece que o estado não seria o mesmo sem as mãos dadas ao trabalho de João Alves Filho. E quem conhece, minimamente, a política sabe que absolutamente nada é feito sem recursos – e nenhum centavo é conseguido estalando os dedos.

Visionário – ou megalomaníaco para os ranzinzas -, nas três vezes que o eleitor permitiu, João Alves pensou grande e executou idem em todas as áreas do Governo do Estado. Algo raríssimo nas gestões brasileiras – seja por falta de recursos, aptidão ou mesmo preparo do gestor.

Mas, evidentemente, nem por isso João Alves deixou de errar. Estamos falando de um ser humano, e não de Deus. E sua segunda passagem pela Prefeitura de Aracaju é o maior exemplo dos equívocos da sua vitoriosa carreira política.

Segundo a senadora Maria do Carmo, sua esposa, João já estava doente e deu no que deu… Entretanto, nada que ofusque sua primeira gestão como prefeito de Aracaju – esta, sim, importantíssima – e, sobretudo, o que ele fez de positivo como governador.

Num terreno como a política, onde o poder é disputado de forma acirrada, desleal e, por vezes, rasteira, seria impossível um agente público sonhador e atuante como João Alves não ser o alvo mais mirado pelos adversários. E foi ao extremo. Inclusive por jornalistas e radialistas que sempre fizeram opções por lado político.

Assim como é insuperável, em se tratando de obras e ações em prol dos sergipanos, nenhum outro político de Sergipe foi tão perseguido, criticado, caluniado, odiado como o ex-governador João Alves Filho. Ninguém. Inclusive, e o mais curioso, foi acossado também por político que lhe deve eleições. “Zé Ninguém da vida” até colar em João Alves e colher um mandato. Um cargo. Ingratos, muitos “criaram asas” e foram os maiores perseguidores, ampliando a oposição.

Hoje, com João Alves fora de combate, esperando o que Deus tem reservado para ele, serviços prestados e histórias de persecuções por conta de briga por espaços na política podem servir, como já dito neste texto, para preencher as páginas de um opulento livro biografia. Todavia precisam também servir de lição para ratificarmos que a carreira política é rápida – aliás, a vida é fugaz -, para desperdiçarmos tempo com projetos egocêntricos e dando de ombros ao coletivo.

Usar as oportunidades e ferramentas oferecidas por Deus para fazer o bem ao maior número possível de pessoas, enquanto se tem tempo aqui para a missão, é mais que inteligência: é colocar em prática a razão do amor ao próximo velado por Deus, que, ao seu tempo, julgará todo nós. João Alves teve o mérito de enxergar isso. Com seus acertos e erros, o Negão segue no topo da lista dos políticos que mais ajudaram a desenvolver Sergipe. Aceitem ou não seus adversários.

P.S A última entrevista que fiz com João Alves para o Universo foi antes das eleições 2016. Ali percebi um João diferente. Tive vontade de aconselhar: “João, você já fez tanto por Sergipe… vá descansar. Brincar com os netos. Passear…”, mas optei pelo silêncio. Limitei-me a ser profissional. Nem tudo o que pensamos externamos.

Modificado em 26/07/2019 11:14

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