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O falso pregador não pode ser desculpa para deixarmos de evangelizar

A Bíblia: sempre a melhor evangelização

Por Joedson Telles

Uma das maiores polêmicas dentro das igrejas, sobretudos as evangélicas, diz respeito ao fato de os seus membros destinarem 10% do todo dinheiro que chegam às suas mãos à obra. É o que se conhece como dízimo. Há também os fieis que vão além e ofertam mais dinheiro. Há casos, inclusive, de pessoas que estão desempregadas e, literalmente, passando necessidades com contas atrasadas e sem condições de irem ao supermercado comprar alimentos. Porém, essas mesmas pessoas separam o dízimo tão logo qualquer dinheiro chegue às suas mãos. Isso chame-se fé.

Longe do saber da teologia, envolvida pela ignorância no tocante à palavra de Deus e, evidentemente, sob a influência do maligno, muita gente zomba destes fieis dizimistas e ofertantes. Terce comentários irônicos, arruma mil coisas para fazer com o dinheiro e,  chama logo o pastor de ladrão.

Mas à luz da palavra de Deus, colocar o dízimo no altar e ofertar são gestos de adoração a Deus, que rendem bênção ao cristão por ser uma forma de a evangelização estar garantida. “Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares. (Provérbios 3:9-10). Podemos citar outros trechos bíblicos que respaldam dízimos e ofertas, como por exemplo, o mais usado nas igrejas. Vejamos:

“Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 3:7-11).

É possível perceber que os dízimos e as ofertas, ao contrário do que o senso comum pensa, não são invenções do pastor da igreja. Estão, de fato, na Bíblia. São obrigações, portanto, de todo cristão.

Tanto em Provérbios quanto em Malaquias, notamos que Deus não apenas alerta a respeito da obrigação do cristão, mas promete recompensas. E na prática podemos atestar milhões de dizimistas e ofertantes cujas vidas foram mudadas para melhor depois que, pela fé, passaram a adorar a Deus com o desprendimento no terreno das finanças. Como já citado, o devorador estará amarrado. Exceções, os que não prosperam, certamente, não entendem o espírito da coisa. Até obedecem a palavra, mas o fazem pensando unicamente nas bênçãos já comprovadas na vida de outro fiel, nos vastos testemunhos que escuta. Não priorizam levar a palavra de Deus a outras pessoas.

Este tipo de fiel desconhece que, além de ter a sua fé testada no dinheiro, algo que revela o caráter de todas as pessoas, os dízimos e as ofertas possibilitam que a palavra de Deus chegue a mais pessoas. Que o sacrifício de Jesus Cristo na cruz para nos salvar seja assimilado por todo o mundo, para que, consciente, a pessoa possa fazer a escolha mais importante da sua vida: se passará toda a sua vida no reino de Deus ou se fará companhia ao maligno no inferno. No evangelho de João (8:32), lê-se: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Aí eu pergunto: se o povo de Deus, que já conhece a verdade, não sustentar a obra do Senhor quem fará isso? Aquele que gasta com garotas de programa abrirá mão deste prazer carnal para destinar seu dinheiro à evangelização? Aquela mulher que nunca abriu uma bíblia e dorme e acorda pensando em ir às compras deixará de acompanhar a nova tendência para custear energia, água, aluguel de prédio, entre outras despesas de uma igreja? Se muita gente que conhece a bíblia na hora de abrir a carteira endurece o coração, imagine quem está na escuridão espiritual?

É evidente que só os ingênuos ao extremo não admitiriam que no meio de tudo isso não há o que a bíblia chama de falsos profetas. Pessoas prontos para usar a retórica, tirar o dinheiro do fiel e utilizar grande parte em benefício próprio. Usam, mas não vivem a palavra. Há pastor de igreja ganhando fortunas? Muitos. Esbanjando o suado dinheiro dos fiéis com vaidade? Aos montes. Dinheiro, inclusive, de quem passa necessidades? Com certeza. Mas o julgamento é do Senhor. Vale para o cristão a boa consciência de que fez a sua parte.

Agora, é claro que com o amadurecimento espiritual, uma base teológica, entende-se que a evangelização não é exclusividade de pastores, padres, bispos ou qualquer um enfiado numa igreja, mas, sim, uma obrigação de todos – a partir do momento em que se conhece, de fato, o Senhor Jesus. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”(Mateus 28:19-20).

Note-se que tendo isso em mente, entende-se, de pronto, que podemos muito bem permutar a obrigação de colocar dízimos e ofertas no altar por usar o mesmo valor, fielmente todos os meses, na compra de bíblias, livros, CD’s, panfletos – tudo evidente em total coerência com a bíblia – e fazer este material chegar às mãos de pessoas que não conhecem Jesus, sempre incentivando-as a buscar orientação em uma igreja que usa a bíblia como filosofia de vida. Dar o nosso testemunho do amor de Deus.

Eis uma alternativa para sepultar a desculpa de não abrir a carteira para a obra de Deus por conta dos falsos pregadores. E olha que adotando o critério citado, o cristão ainda ajuda o falso pastor, que, evidente, sem ter como usar o dinheiro da obra para sua vida pessoal, será obrigado a pedir perdão a Deus, e passar a viver do seu trabalho como qualquer pessoa honesta.

Deus no comando.

Modificado em 14/10/2013 08:09