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O eleitor conhece os candidatos corruptos e seus aliados. Precisa exterminá-los

Por Joedson Telles

Em se confirmando as expectativas, pedras não faltarão no caminho dos candidatos – sobretudo a governador e senador. Ninguém escapará de volúveis estorvos. Evidente que o juízo soa óbvio em se tratando de uma eleição. Todavia, quando se analisa nomes ventilados – quem está com quem, quem já esteve com quem, quem não está com quem e, sobretudo, “os porquês” das alianças -, constata-se: a disputa será atípica. “Pedras especiais”, digamos.

Começa pelo fato de 2018 sepultar aquela história que eleições em Sergipe não comportam a chamada terceira via. Vários caminhos emergem como opção – e o frustrado e desconfiado eleitor definirá quem será a primeira via, a segunda, a terceira… E as dificuldades dos candidatos no jogo da persuasão são ainda maiores pela quantidade de eleitor que está andando para os políticos.

Mesmo com toda a boa vontade que algumas pesquisas demonstram, em se tratando de certos pré-candidatos queridinhos, a maioria absoluta dos eleitores teima em “não saber” ainda em quem votará. Outros anulariam o voto ou votariam em branco, se convocados às urnas por estes dias tendo como opção o que se apresenta.

E, assim, miseravelmente, alguns políticos vibram (até abarrotam as redes sociais e setores viciados da mídia com a baboseira), quando são citados por pelo menos 1% do eleitorado pesquisado.

Uma pesquisa séria revelaria molinho que cerca de 90% do eleitor que não tem ligação com um político ou um partido (registre-se, a maioria) não sabe ainda em quem vai votar. Muitos nem querem votar. Ou seja, a festa é feita hoje no salão da minoria para tentar ludibriar. Detalhe: a desfaçatez não envolve apenas os políticos: um time viciado entra em campo com interesses longe do coletivo.

O descrédito com a classe política sempre existiu, é evidente. Contudo, parece que atingiu seu pico máximo, nos últimos anos, vitaminado pelas denúncias de corrupção, prisões de ladrões e aliados em xeque, que podem ser presos também a qualquer momento. Até lá, porém, muitos permanecem candidatos com seus processos e tudo. Cínicos…

Todas estas informações e desdobramentos chegam ao conhecimento da maior fatia do eleitor, dada a avidez dos gatunos frente ao dinheiro público e a velocidade com que informações sobre os crimes praticados circulam, sobretudo nas redes sociais.

A lógica estrábica de comprar o silêncio de setores viciados da mídia, graças ao bom Deus, já não resolve o problema.

Todavia, não matamos o inimigo. Ser ficha suja ou aliar-se a um nojento precisa significar o tropeço numa grande pedra irremovível. Uma barreira intransponível posta entre o corrupto e o eleitor. Dito de outra forma: o que o dicionário registra como rejeição precisa ser o veneno usado. Numa linguagem simples e objetiva: O eleitor já conhece os candidatos corruptos e seus aliados. Só precisa exterminá-los.

Modificado em 23/07/2018 06:23

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