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O drama dos proprietários e funcionários dos restaurantes fechados. O perigo de abrir

Por Joedson Telles

Tenho acompanhado com empatia e preocupação a grita de donos de bares e restaurantes por conta dos decretos – estadual e municipal – que proíbem abrir as portas ao público, como uma das medidas sanitárias de combate ao  coronavírus.

Não se discute que essa nova realidade asfixia não apenas proprietários dos estabelecimentos como também funcionários. Há gente falindo e gente morrendo de fome. Gente que já fechou as portas e gente que já morreu. Infelizmente, não vai aqui nenhum exagero.

Todavia, e pode ser comprovado através de exemplos no mundo todo, reabrir bares e restaurantes e, obviamente, reunir pessoas sem máscaras, neste momento, elevaria os já alarmantes números de infectados e mortos vítimas da covid-19.

O serviço de delivery segue sendo o caminho para minimizar o drama. Porém, precisa ser turbinado com uma readequação dos preços expostos nos cardápios de forma a alcançar um público maior. Fisgar pessoas que não têm o hábito de solicitar o serviço por não poderem pagar os preços atuais pode ser bom para todo mundo.

Por mais cuidado que se possa ter – e a maioria dos responsáveis pelos estabelecimentos já provou o zelo -, soa impossível não jogar a favor do vírus reunir pessoas sem máscaras no mesmo local.

Poderíamos até melhorar a questão econômica por um curto período, mas a possibilidade de agravar o caos sanitário nos chama ao juízo. Aliás, é fácil criticar governador e prefeitos, mas ninguém queria ser responsabilizado por ajudar o vírus a matar.

Que se cobre dos gestores públicos auxílios, linhas de créditos ou quaisquer outras medidas econômicas. Eles se candidatam e são eleitos sob a promessa de  prover soluções. Mas cobrar que passem por cima de orientações científicas não parece estar no terreno da razoabilidade.

A circulação do coronavírus e a consequente covid-19 mudou a vida de todos. O sofrimento é coletivo. Mesmo quem não morreu ou perdeu um familiar, mesmo quem teve a doença, mas não ficou com sequelas, do mesmo modo aqueles que não sofreram impactos econômicos, todos fomos atingidos. As regras sanitárias são duras, sobretudo ao limitar acesso a pessoas que amamos.

Entretanto, não podemos tentar driblar os fatos. Viver como se nada estivesse acontecendo seria loucura. Desafiar e promover a morte em muitos casos. Estamos todos tentando nos adaptar ao tempo do terror. Precisamos de maturidade, reflexão e oração. Precisamos muito de Deus. Eis a lição cristalina da pandemia: precisamos muito de Deus.

 

Modificado em 19/04/2021 10:01

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