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O Cidadania e o risco de dividir palanque com ex-aliados de André Moura

Por Joedson Telles

Se é que já não sabiam, o senador Alessandro Vieira e demais políticos do Cidadania parecem ter sacado que a política prática é bem distinta da teórica. Às vezes, vai um oceano de distância, e, neste terreno, a carreira solo tende a fracassar. Refiro-me ao fato de não terem descartado de pronto uma aliança com o PSDB em torno da pré-candidatura de Danielle Garcia à Prefeitura de Aracaju.

Como tudo na vida tem preço, ao abrir diálogo com o ex-senador Eduardo Amorim – algo que, evidentemente, coloca também no time o empresário e político Edivan Amorim -, o Cidadania joga na lata do lixo o tal discurso do “novo”. Ou não? Que diabo de “novo” ensaia aliança com o mesmo partido de Aécio Neves e Zé Serra?

A incoerência segue em terra genuína. Já pensou a cara de espanto dos eleitores desavisados da política nua e crua, ao verem, por exemplo, Dr Emerson no mesmo palanque que o PSDB? E o senador Alessandro Vieira juntinho do ex-senador Eduardo Amorim, que, nas últimas eleições, esteve aliado do mesmo ex-deputado federal André Moura concorrente desafeto de Alessandro? A política é fantástica, não?

Aliás, não seria a primeira aliança neste sentido. Recentemente, o deputado estadual Gilmar Carvalho, eleito pelo PSC, comandado em Sergipe por André Moura, aderiu ao projeto do Cidadania na capital.

A leitura é óbvia: não vale fazer uma aliança diretamente com André Moura, mas não há problema algum em se juntar a pessoas que estavam, até ontem, ao seu lado. Pessoas que estiveram juntas por, provavelmente, pensarem a política de forma parecida.

Particularmente, não vejo problema em político “A” se juntar a político “B” ou “C”. Acredito no lado bom das pessoas. E, se o lado bom dos políticos é servir à população, sempre merecerá chance um projeto que vise uma união neste sentido.

Eduardo, André, Alessandro… Todos citados neste texto falam em servir. Alguns já deram provas concretas que podem fazer isso em prol do coletivo.

Todavia, sabe aquela história de combinar com os russos? Pois é… Alessandro Vieira, Dr Emerson, a pré-candidata Danielle Garcia… Todos eles terão que persuadir a parcela do eleitorado que ensaia votar no “novo” que se mantêm coerentes ao discurso inicial.

O Cidadania precisa convencer a fatia do eleitor que fez opção pela oposição que não quer chegar à Prefeitura de Aracaju de qualquer jeito. Aliando-se ao que sempre criticou. Se falhar, por certo, tais eleitores buscarão identidade em outras pré-candidaturas. Pode apostar. A propósito, os primeiros sinais emergem nas redes sociais.

Modificado em 07/07/2020 17:48

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